O ataque israelense a uma base militar perto da cidade iraniana de Isfahan fez parte de um ciclo de retaliação que alarmou os líderes mundiais, mas produziu uma resposta bastante silenciosa de ambos nesta sexta-feira, 19.
Emissoras de televisão e autoridades de ambos os países minimizaram a importância do ataque, que foi confirmado por autoridades israelenses e iranianas.
Em Israel, as autoridades descreveram o ataque como uma resposta limitada destinada a evitar a escalada das tensões. Especialistas nos noticiários matinais do país disseram que o ataque não pareceu causar danos significativos a instalações militares no Irã.
“Israel pode realizar manobras militares elegantes que não sejam barulhentas nem causem danos militares significativos, mas que transmitam a mensagem que Israel deseja”, apontou Dana Weiss, analista de assuntos diplomáticos do Canal 12 de Israel, aos telespectadores. “E é isso que os vimos fazer.”
A televisão estatal iraniana disse que as instalações militares e nucleares em Isfahan estavam seguras e transmitiu imagens da cidade parecendo calma à luz da primavera. Um locutor de notícias descreveu o ataque como “nada alarmante”.
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Zombaria
Nas redes sociais, os iranianos, incluindo alguns ligados ao Exército, zombaram do ataque israelense, descrevendo-o como uma resposta insignificante aos cerca de 300 mísseis e drones que o Irã lançou contra Tel-Aviv no último sábado, 13.
Em um vídeo que foi amplamente compartilhado nesta sexta-feira, uma menina atira um avião de papel contra um prédio de apartamentos e compara-o ao ataque israelense, rindo quando o papel dobrado atinge a estrutura.
Autoridades iranianas disseram ao The New York Times que um ataque atingiu uma base aérea militar perto de Isfahan. Mas o general Siavash Mihandoust, o oficial militar mais graduado em Isfahan, apontou à televisão estatal que as explosões que foram ouvidas na cidade não foram causadas por bombardeios israelenses, mas sim pelo sistema de defesa iraniano que abateu “objetos voadores”.
Alguns políticos em Israel celebraram os ataques, incluindo líderes eleitos dos partidos de direita do país.
Tally Gotliv, parlamentar do partido Likud, escreveu no X: “Uma manhã em que nossa cabeça está orgulhosamente erguida. Israel é um país forte e poderoso.”
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