Retrospectiva 2018: Trump abraça nacionalismo em 2018, mas fecha ano com menos apoio no Congresso
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Por Redação
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, libertou seus instintos mais nacionalistas ao longo de 2018, adotando medidas como iniciar a guerra comercial com a China e retirar o país do acordo nuclear com o Irã, mas termina o ano com menos apoio no Congresso e frustrado com o avanço das investigações sobre o chamado "caso Rússia". Mais à vontade na Casa Branca no segundo ano de seu mandato, Trump remodelou a equipe de governo para se livrar de vozes dissonantes. A guinada nacionalista foi especialmente notada na política externa, com decisões como a saída do pacto nuclear do Irã e do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
"A aparente maior confiança em si próprio, o novo assessor de Segurança Nacional (John Bolton) e o novo secretário de Estado (Mike Pompeo) parecem ter dado ao presidente mais flexibilidade para tomar medidas abertamente nacionalistas", disse Karen Hult, especialista em Ciência Política da Universidade de Virgínia Tech. Trump também trocou em março o diretor do Conselho Nacional Econômico da Casa Branca. Gary Cohn, que se opunha ao plano do presidente de impor tarifas sobre as importações de aço e alumínio de vários países do mundo, deixou o governo em razão das divergências. Pouco depois, a polêmica medida entrou em vigor. Em julho, Trump deu início à guerra comercial com a China, estabelecendo sobretaxas sobre a metade dos produtos importados pelos EUA do país. O gesto deixou investidores apreensivos, um sentimento que permanece mesmo depois da trégua de 90 dias firmada com Xi Jinping em reunião após o fim da cúpula do G20.
Embora Trump tenha obtido uma vitória ao assinar em novembro um novo pacto comercial com México e Canadá, as tarifas sobre aço e alumínio abalaram as relações dos EUA com diversos aliados tradicionais do país, como a União Europeia e o Japão. Os ataques aos parceiros clássicos coincidiram com uma tentativa de Trump de estabelecer pontes com dois países historicamente rivais dos EUA: Coreia do Norte e Rússia.Na cúpula de junho com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, Trump iniciou uma insólita aproximação com um país que chegou a ameaçar com "fogo e fúria". No entanto, o processo começado em Cingapura travou rapidamente em razão das diferenças entre partes sobre como implementar a desnuclearização do regime de Pyongyang. Um mês depois, Trump se reuniria em Helsinque com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, provocando uma grande polêmica em Washington ao garantir que o Kremlin não interferiu nas eleições de 2016. A investigação sobre o "escândalo Rússia" foi a principal dor de cabeça de Trump em 2018, um ano que termina com o trabalho do procurador Robert Mueller quase concluído. "Não fosse pela falsa caça às bruxas russa, minha popularidade estaria em 75%", escreveu o presidente no Twitter em dezembro. A frustração de Trump com as investigações provocaram a demissão do procurador-geral, Jeff Sessions, que havia se declarado impedido de participar do caso quando assumiu o cargo. A maior conquista do presidente no plano nacional em foi a aprovação da indicação de Brett Kavanaugh para a Suprema Corte depois de uma intensa batalha no Senado devido às várias acusações de abuso sexual contra o juiz. Em nível legislativo, porém, Trump não conseguiu nenhuma vitória tão clara como a de 2017, quando assinou uma reforma tributária que visava cortar os impostos de grandes empresas. "Realmente, ele não fez nada, só aprovou leis menores. Ele não trabalha bem com os líderes de seu próprio partido, que controlavam Câmara dos Representantes e Senado, nem com os grupos externos de pressão que são chaves no Legislativo", afirmou James Thurber, especialista em Política Americana na American University. As coisas serão ainda mais difíceis para Trump a partir de janeiro, quando o Congresso ficará divido entre o Senado controlado pelos republicanos e a Câmara sob o controle dos democratas. A oposição recuperou a maioria na Câmara dos Representantes nas eleições legislativas de novembro, consideradas como um plebiscito sobre o mandato do atual presidente. Mas Trump não quis fazer uma autocrítica depois da derrota eleitoral - considerada por ele como uma vitória. E, agora, confia que conseguirá entrar em acordo com os democratas para fazer seus projetos de lei avançarem na casa. / EFE
O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura
1 / 31O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura
Coreia do Norte
Donald Trump se reúne com Kim Jong-un em Cingapura. Foto: AFP Photo/Saul Loeb
O encontro entre Kim e Trump
No começo do encontro, líderes apareceram em varanda do Capella Hotel para fotos. Foto: AP Photo/Evan Vucci
O encontro entre Kim e Trump
O início do encontro entre Trump e Kim em Cingapura. Eles devem falar sobre o resultado da reunião em coletiva de imprensa prevista para as 5h desta t... Foto: AP Photo/Evan VucciMais
O encontro entre Trump e Kim
Em estação de trem em Seul, na Coreia do Sul, moradores comemoram o aperto de mãos entre os líderes dos EUA e Coreia do Norte. Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
O encontro entre Kim e Trump
O clima entre os líderes foi amistoso, com sorrisos e apertos de mãos, no começo do encontro no Capella Hotel. Foto: Saul Loeb/AFP
O encontro entre Trump e Kim
Coreanos que vivem em Cingapura assistem ao encontro transmitido pela TV local. Foto: REUTERS/Tyrone Siu
O encontro entre Trump e Kim
Depois de aperto de mãos, Kim e Trump posaram brevemente para fotos antes de reunião a portas fechadas no Capella Hotel, em Cingapura. Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
O encontro entre Kim e Trump
Sul-coreano mostra cartaz de apoio ao encontro entre Kim e Trump próximo ao Capella Hotel, em Cingapura. Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
O encontro entre Kim e Trump
Imprensa foi autorizada a registrar imagens dos primeiros minutos da reunião entre Kim e Trump. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
O encontro entre Kim e Trump
Repórteres, fotógrafose cinegrafistas se aglomeram do lado de fora do Capella Hotel, isolados por forte esquema de segurança. Foto: Bloomberg photo by SeongJoon Cho
O encontro entre Kim e Trump
Antes de reunião, líderes da Coreia do Norte e dos EUA posaram para imagens no Capella Hotel, na ilha-resort de Sentosa, em Cingapura. Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
O encontro entre Kim e Trump
Público sul-coreano para em estação de trens de Seul para assistir à transmissão do encontro entre Kim Jong-un e Donald Trump. Foto: AP Photo/Ahn Young-joon
Trump e Kim se reúnem em hotel em Cingapura.
Após aperto de mãos oficial, Kim Jong-un e Donald Trump se encaminharam para encontro a portas fechadas. Foto: Saul Loeb/AFP
O encontro entre Trump e Kim
Jornalistas norte-coreanos filmam a escolta do líder Kim Jong-un no trajeto entre o hotel onde está hospedado até o local do evento onde deve encontra... Foto: AP Photo/Yong Teck LimMais
Coreia do Norte
Sul-coreanos acompanham encontro entre Trump e Kim Jong-un em TV de estação de trem em Seul Foto: AFP PHOTO / Jung Yeon-je
O encontro entre Trump e Kim
Jornalistas de todo o mundo na cobertura do encontro histórico entre os líderes dos EUA e da Coreia do Norte na ilha-resort de Sentosa, em Cingapura. Foto: REUTERS/Kim Kyung-hoon
O encontro entre Trump e Kim
Kim e Trump se encaminham para reunião a portas fechadas no Capella Hotel. Foto: Saul Loeb/AFP
Coreia do Norte
Kim Jong-un e Donald Trump trocam aperto de mãos histórico antes de cúpula em Cingapura Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
O encontro entre Trump e Kim Jong-un
Em Washington, nos EUA, ativistas fazem vigília em frente à Casa Branca para celebrar o encontro entre Trump e Kim Jong-un em Cingapura. Foto: REUTERS/Toya Sarno Jordan
O encontro de Trump e Kim Jong-un
O palco onde são aguardados os líderes dos EUA e da Coreia do Norte no Capella Hotel, na Ilha de Sentosa, em Cingapura. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
O encontro entre Trump e Kim
Policiais em comboio para escolta de Kim Jong-un até o Capella Hotel, na ilha-resort de Sentosa, em Cingapura. Foto: AP Photo/Yong Teck Lim
O encontro entre Trump e Kim
O líder norte-coreano Kim Jong-un, acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores de Cingapura, Vivian Balakrishnan, na chegada à ilha-resort de Se... Foto: KCNA via REUTERSMais
O encontro entre Trump e Kim
O presidente Donald Trump encontra o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, na sede do governo do país. Foto: Doug Mills/The New York Times
Fazendo história
Kim Jong-un e Donald Trump trocam aperto de mãos histórico antes de cúpula em Cingapura. Foto: Jonathan Ernst/Reuters
O encontro entre Trump e Kim
O comboio policial que acompanhou o carro onde o presidente norte-americano, Donald Trump, foi levado até o local do encontro com Kim Jong-un na ilha-... Foto: AP Photo/Wong Maye-EMais
O encontro entre Trump e Kim
Após almoçarem juntos,os líderes passearam pelohotel Capellae depois se separaram para se reunir com suas respectivas delegações e avaliar os progress... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Por volta das 2:30h, no horário de Brasília, os líderes se reuniram para assinar umacordo que, segundo eles, representauma “cooperação entre os dois p... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Um funcionário norte-coreano limpa e guarda a caneta usada por Kim para assinar o acordo. Foto: REUTERS/Jonathan Ernst
O encontro entre Trump e Kim
Durante a assinatura do acordo, os líderes deram declarações à imprensa. Trump disse que "os dois lados ficarão impressionados com o resultado da cúpu... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Após a assinatura do acordo, os líderes deixaram a sala. O presidente norte-americano chegou a afirmar que "com certeza" irá convidar Kim para visitar... Foto: REUTERS/Jonathan ErnstMais
O encontro entre Trump e Kim
Após mais de quatro horas com o presidente norte-americano, Kim Jong-un deixa o hotel Capella em seu carro oficial. O presidente Trump ainda aguarda n... Foto: REUTERS/Athit PerawongmethaMais