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Putin desiste de invadir usina em Mariupol e ordena cerco do último reduto ucraniano na cidade

Líder russo cancelou a ordem para tomar a siderúrgica Azovstal, onde há cerca de 2 mil membros da resistência ucraniana

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Por Redação
Atualização:

KIEV - O líder russo Vladimir Putin desistiu de ordenar o ataque à usina Azovstal, último reduto da resistência ucraniana na cidade de Mariupol, e determinou um cerco ao local. Mariupol é alvo das forças russas desde o início da guerra e um importante alvo estratégico do Kremlin, já que liga a Crimeia, ocupada pela Rússia em 2014, à região de Donbas, principal alvo de Putin nesta nova fase da guerra.

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O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que o resto da cidade, além da extensa usina siderúrgica da Azovstal Iron, onde as forças ucranianas estão entrincheiradas, seguem “cercados e o perímetro está bloqueado com segurança”. Putin saudou isso como um “sucesso”. As tropas russas, no entanto, tentam desde março tomar a cidade sem sucesso. Desde então, o cerco conduzido pelos militares russos provocou a morte e fuga de milhares de civis, que ficaram sem água, energia e alimentos.

“Parte das formações nacionalistas se refugiou na zona industrial da fábrica de Azovstal”, disse Shoigu, em uma reunião com o presidente russo. Por sua vez, o líder russo cancelou a ordem para invadir a siderúrgica Azovstal, onde cerca de 2 mil defensores ucranianos estão equipados, a fim de salvar vidas, mantendo o bloqueio da zona industrial.

“Considero inapropriado o ataque proposto à zona industrial. Ordeno o cancelamento”, disse o presidente a Shoigu, na reunião transmitida em rede televisiva.

A cidade portuária estava sitiada desde o início da guerra, que chega ao 57º dia nesta quinta-feira. Foi fortemente bombardeada pelos russos. Mísseis e artilharias russas teriam atingidos mais de mil alvos militares na Ucrânia durante a noite, incluindo 162 posições de tiro, afirmou o Ministério da Defesa.

 Foto: Mariupol City Council/via EFE

As forças russas e os separatistas apoiados pela Rússia também assumiram o controle total da cidade de Kreminna no leste Ucrânia, ainda segundo o ministério.

Ucrânia pede corretor humanitário em Mariupol

O governo ucraniano voltou a exigir, nesta quinta-feira, a abertura de um corredor humanitário na cidade portuária para retirar 1 mil civis e 500 soldados feridos que continuam protegidos em uma área subterrânea sem atender aos pedidos de rendição da Rússia.

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“Exigimos dos russos um corredor humanitário urgente nas proximidades da usina Azovstal, em Mariupol. Todos devem ser retirados hoje”, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk.

“Todos devem ser removidos do Azovstal hoje”, reiterou. Também fez um apelo aos líderes mundiais e à comunidade internacional para que concentrem seus esforços em Azovstal. “Agora este é um ponto chave e um momento chave para o esforço humanitário”, enfatizou Vereshchuk.

Desde o início da invasão russa, há quase dois meses, mais de cinco milhões de ucranianos já deixaram o país. Na quarta-feira, 20, as autoridades ucranianas acusaram as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os veículos que deveriam levar os civis da cidade sitiada de Mariupol. /AP, Efe e Reuters

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