A Rússia disparou 32 mísseis em direção à Ucrânia na noite de quarta-feira, 15, atingindo em parte a infraestrutura crítica de Lviv, uma das principais cidades do oeste do país. Autoridades de defesa do país afirmaram que 14 projéteis foram interceptados antes de chegarem aos seus alvos, mas os demais parecem ter caído em solo ucraniano. A morte de uma pessoa foi confirmada durante os ataques.
O governador da região de Lviv, Maxim Kozitski, declarou que o ataque russo atingiu “infraestruturas críticas”, sem detalhar o que exatamente foi bombardeado. Anteriormente, o termo já foi utilizado por autoridades ucranianas para se referir a usinas de energia e outras instalações relacionadas ao funcionamento da vida cotidiana no país.
Fontes consultadas pela agência espanhola EFE afirmaram que os russos dispararam neste ataque doze mísseis do tipo Kh-101/Kh-555, oito mísseis Kalibr e doze mísseis Kh-22. Além disso, dois mísseis guiados do tipo Kh-59 também foram lançados. Os 14 mísseis abatidos pela Força Aérea Ucraniana são dos tipos Kh-101/Kh-555 e Kalibr, de acordo com os relatos.
De acordo com o Exército ucraniano, parte do dano foi provocado por projéteis Kh-22, que são uma das principais ameaças aéreas usadas pela Rússia. “No momento, não temos armas capazes de derrubar esse tipo de míssil”, afirmaram os militares.
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Lviv foi apenas um dos alvos do ataque da noite de quarta. De acordo com Andrei Iermak, chefe de gabinete da presidência da Ucrânia, “impactos” foram registrados nas zonas norte e oeste do país, assim como nas regiões de Dnipropetrovsk e Kirovogrado.
A porta-voz do Comando Sul das Forças Armadas Ucranianas, Natalia Gumenuk, disse que a Rússia fez um ataque misto utilizando “aviação estratégica e drones” e lançou pelo menos oito mísseis Kalibr no sul: seis sobre a região de Mikolaiv e dois contra Kherson.
Uma mulher de 79 anos morreu em Dnipropetrovsk, segundo o governador da região, Sergei Lissak, que divulgou imagens de um bairro com várias casas destruídas. Sirenes de ataque aéreo soaram em cidades e vilas em toda a Ucrânia./ AFP, AP e EFE
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