Rússia diz que não encontrou indício de ataque químico na Síria; Opaq investiga caso

Chanceler de Moscou, Serguei Lavrov, afirma que especialistas do país visitaram a cidade de Duma, no arredores de Damasco, e não encontraram 'nenhum rastro' de substância química; Organização para a Proibição das Armas Químicas também analisa indícios

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MOSCOU - Os especialistas russos que compareceram à cidade de Duma, onde o regime sírio foi acusado de executar um ataque químico contra os rebeldes, disseram não ter encontrado "nenhum rastro" de substância química, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, nesta segunda-feira, 9.

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"Nossos especialistas militares já compareceram ao local (...) Não encontraram nenhum rastro de cloro ou de qualquer outra substância química utilizada contra os civis", afirmou Lavrov.

Voluntários lavam sírio afetado por suposto ataque químico na cidade de Duma, nos arredores de Damasco Foto: AFP PHOTO / Douma City Coordination Committee / HO

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O suposto bombardeio com gás tóxico atribuído ao governo sírio provocou no domingo uma onda de críticas internacionais. O presidente sírio, Bashar Assad, e seu aliado russo negaram um ataque com armas químicas no sábado.

Segundo os Capacetes brancos, um grupo de socorro na zona rebelde, e a ONG médica Syrian American Medical Society (SAMS), o ataque teria deixado 49 mortos, uma informação que ainda não pode ser verificada por fontes independentes.

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Investigação

A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) anunciou nesta segunda que investiga as informações sobre um suposto ataque químico na cidade de Duma, o último reduto rebelde na província síria de Ghuta Oriental.

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"A Opaq fez uma análise preliminar das informações sobre a suposta utilização de armas químicas desde sua publicação", afirmou o diretor geral da organização, Ahmet Uzumcu. "Mais elementos serão reunidos para estabelecer se foram utilizadas armas químicas", completou.

Os especialistas examinam os elementos provenientes de todas as fontes disponíveis e apresentarão suas conclusões aos 192 países que assinaram a Convenção sobre Armas Químicas de 1993, disse Uzumcu.

A Síria se uniu a este tratado em 2013, depois de admitir, sob uma forte pressão americana e russa, e sob ameaça de ataques militares ocidentais, manter reservas de armas químicas. A Opaq assegura ter destruído a totalidade das reservas sírias declaradas, mas Uzumcu disse em repetidas ocasiões que houve falhas nas declarações do regime de Damasco.

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As contínuas acusações de uso de armas químicas na Síria levou a Opaq em 2014 a estabelecer sua própria missão de investigação, que estudou mais de 70 supostos casos de uso de gases tóxicos neste país desde esta data. / AFP e REUTERS

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