Rússia diz que só usará armas nucleares em caso de ‘ameaça existencial’

Declaração é do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à CNN. Possibilidade de conflito nuclear levaria à Terceira Guerra Mundial, afirmam especialistas

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Por Redação
Atualização:

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou nesta terça-feira, 22, à CNN que a Rússia só usará armas nucleares na Ucrânia se enfrentar uma “ameaça existencial”. “Temos uma doutrina de segurança interna, e ela é pública, você pode ler todas as razões para o uso de armas nucleares”, disse. “Se é uma ameaça existencial ao nosso país, então pode ser usada de acordo com nossa doutrina”, completou.

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A pergunta feita pela jornalista Christiane Amanpour, da CNN, foi se Peskov estava “convencido” de que o presidente russo Vladimir Putin, do qual é próximo, não usaria armas nucleares.

A possibilidade de desencadear um conflito nuclear que levaria à Terceira Guerra Mundial é um dos argumentos mais recorrentes do governo dos Estados Unidos, que rejeita a participação direta na guerra da Ucrânia. Os dois países têm os maiores arsenais nucleares do mundo.

Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin, em reunião virtual com o presidente russo Vladimir Putin, realizada em 17 de dezembro de 2020. Nesta terça-feira, 22, Peskov falou sobre possibilidade de uso de armas nucleares Foto: Natalia Kolesnikova/AFP

Além deles, China, França, Reino Unido, Índia, Paquistão e Coreia do Norte possuem armas nucleares.

Em sua entrevista à CNN, Peskov também reconheceu que Putin “ainda não alcançou” nenhum dos objetivos militares na Ucrânia. Entretanto, Peskov assegurou que a operação militar russa acontece “em estrito cumprimento dos planos e metas previamente definidos.”

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Especialistas militares acreditam, no entanto, que os russos sofrem de problemas logísticos e de comunicação. Eles enfrentam uma resistência feroz dos ucranianos desde o início da invasão, no dia 24 de fevereiro, que não era prevista.

De acordo com o Pentágono, o exército ucraniano, que mantém o controle dos principais centros urbanos, recentemente conseguiu até realizar contra-ofensivas que permitiram recuperar terrenos, especialmente no sul. Nesta terça-feira, por exemplo, a Ucrânia anunciou a retomada de Marakiv, no subúrbio de Kiev. /AFP, EFE

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