Um míssil de cruzeiro lançado pela Rússia contra cidades no oeste da Ucrânia violou o espaço aéreo da Polônia neste domingo, 24, fazendo com que a Força Aérea polonesa fosse colocada em alerta, anunciaram as autoridades do país.
Durante cerca de quarenta segundos, “o espaço aéreo polonês foi violado por um dos mísseis de cruzeiro lançados esta noite pela aviação (…) da Federação Russa”, afirmou o comando operacional das Forças Armadas na rede social X. O episódio ocorreu às 4h23 (horário local), no momento em que a Rússia lançava seu terceiro ataque massivo com mísseis contra a Ucrânia nos últimos quatro dias.
Leia também
“O objeto voou para o espaço polonês perto da cidade de Oserdow [leste] e permaneceu lá durante 39 segundos”, acrescentou, destacando que o míssil foi observado por radares militares durante todo o voo. Os F-16 da Polônia e da Otan foram ativados como parte da resposta estratégica.
O chefe da administração militar de Kiev, Serhiy Popko, disse que a Rússia usou mísseis de cruzeiro lançados por bombardeiros estratégicos Tu-95MS. Ele disse que os ataques foram lançados no distrito de Engels, na região de Saratov, na Rússia.
Na frente diplomática, o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco disse que iria “exigir explicações da Federação Russa em relação a outra violação do espaço aéreo do país”. “Acima de tudo, apelamos à Federação Russa para que pare os ataques aéreos terroristas contra os habitantes e o território da Ucrânia, acabe com a guerra e resolva os problemas internos do país”, diz o comunicado.
Andrzej Szejna, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, disse à emissora TVN24 que o Ministério dos Negócios Estrangeiros pretendia convocar o embaixador russo na Polônia e entregar-lhe uma nota de protesto.
Em dezembro houve outro incidente semelhante, quando um míssil russo entrou no espaço aéreo polonês e saiu poucos minutos depois, rumo à Ucrânia. Em novembro de 2022, um míssil ucraniano caiu sobre a cidade polonesa de Przewodow, perto da fronteira com a Ucrânia, matando dois civis./Associated Press e AFP.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.