O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, anunciou na segunda-feira, 6, a destruição do Askold, um importante navio russo no Estreito de Kerch, na Crimeia, dois dias depois de seu Exército informar que havia bombardeado a área.
“Agradeço a todos os que contribuíram para a destruição do navio russo no Estreito de Kerch”, na península ucraniana da Crimeia, anexada pela Rússia, declarou Zelenski em seu discurso diário, publicado nas redes sociais.
Leia também
De acordo com o Centro de Comunicação Estratégica da Ucrânia, o Askold sofreu “danos significativos” que poderiam impossibilitar a sua reparação. O porta-mísseis russo Askold”, lê-se numa nota oficial ucraniana, “sofreu danos como resultado do ataque à infraestrutura naval e portuária da central de Zaliv, na Crimeia temporariamente ocupada (pelos russos)”.
Segundo os militares ucranianos, o Askold era o mais novo navio do ‘projeto Karakurt’, no qual a Rússia construiu uma série de corvetas de mísseis equipadas com tecnologia que dificultava a sua detecção por radar.
As autoridades russas indicaram que disparos danificaram uma embarcação — sem confirmar que se tratava de Askold — e fizeram com que destroços caíssem em uma doca.
Na segunda, Kiev acusou Moscou de ter lançado quatro mísseis e um drone de ataque a partir dos territórios ucranianos ocupados pela Rússia no sul do país.
Nos últimos dias, a Ucrânia admitiu que sua contraofensiva lançada em junho fracassou e que apenas permitiu recuperar alguns povoados. Por outro lado, Zelenski fechou as portas nesta segunda para eventuais eleições no país.
“Devemos decidir que agora é o momento de defesa, da batalha da qual depende o destino do Estado e do povo, e não da farsa, que apenas a Rússia espera da Ucrânia. Não acho que seja o momento de eleições”, declarou em seu pronunciamento diário. As eleições legislativas deveriam acontecer em outubro deste ano e as presidenciais em março de 2024./AFP e EFE
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.