Ucrânia lança ataques de drones de longo alcance no último dia da votação presidencial da Rússia

Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, dezenas de drones foram abatidos em várias regiões do país; presidente russo Vladimir Putin descreveu ataques dos últimos dias como uma tentativa da Ucrânia de assustar os residentes e inviabilizar as eleições

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Por Redação

A Ucrânia lançou uma nova onda massiva de ataques de drones neste domingo, 17, enquanto os russos votam no último dia de uma votação presidencial marcada para estender o governo do presidente Vladimir Putin por mais seis anos.

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O Ministério da Defesa russo informou ter derrubado 35 drones ucranianos durante a noite, incluindo quatro na região de Moscou. O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, disse que um outro drone, perto do aeroporto Domodedovo da capital, foi abatido mais tarde durante a manhã. Nenhuma vítima ou dano foram relatados.

De acordo com o Ministério da Defesa, outros dois drones foram derrubados sobre a região de Kaluga, ao sul da capital russa, e a região de Yaroslavl, a nordeste de Moscou. Os ataques na região de Yaroslavl, localizada a cerca de 800 quilômetros da fronteira com a Ucrânia, foram alguns dos mais distantes lançados pela Ucrânia até agora.

Mais drones ucranianos foram abatidos nas regiões de Belgorod, Kursk e Rostov, que fazem fronteira com a Ucrânia, e na região sul de Krasnodar, disse o Ministério da Defesa.

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O governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que o bombardeio ucraniano matou uma menina de 16 anos no domingo e feriu seu pai.

Um drone caiu sobre uma refinaria na região de Krasnodar, provocando um incêndio que foi extinto poucas horas depois, segundo as autoridades regionais. Um trabalhador da refinaria morreu de ataque cardíaco, disseram autoridades.

Mísseis guiados X-59

As refinarias e os terminais petrolíferos têm sido alvos importantes dos ataques de drones ucranianos.

As investidas ocorrem após uma série de outras ofensivas de drones ucranianos e outros ataques nos últimos dias, os quais Putin descreveu como uma tentativa da Ucrânia de assustar os residentes e inviabilizar as eleições presidenciais da Rússia.

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“Esses ataques inimigos não ficaram e não ficarão impunes”, prometeu ele durante a reunião de sexta-feira, 15, do seu Conselho de Segurança. “Tenho certeza de que o nosso povo, o povo da Rússia, responderá a isso com ainda maior coesão.”

Enquanto isso, os militares ucranianos disseram que 14 drones russos foram abatidos na região de Odessa no domingo. A ofensiva vem após um ataque com míssil balístico russo na cidade portuária na sexta-feira, destruindo casas e matando pelo menos 21 pessoas. Um segundo míssil teve como alvo os socorristas que chegaram ao local, disseram as autoridades.

As forças russas também lançaram cinco mísseis guiados antiaéreos S-300 em áreas controladas pela Ucrânia nas regiões de Kharkiv e Donetsk, bem como dois mísseis guiados X-59 na região de Chernihiv, disse a força aérea ucraniana.

Ucrânia lançou ataques de drones em várias regiões da Rússia no terceiro e último dia de votação presidencial no país.  Foto: Sergei Ilnitsky/EFE/EPA

Ucrânia diz ter capturado 25 soldados

À medida que a guerra se arrasta para o terceiro ano, as forças russas obtiveram alguns ganhos lentos e incrementais ao longo da linha da frente, contando com a sua vantagem em poder de fogo, enquanto a Ucrânia reagiu com mais ataques de drones no interior da Rússia e ataques transfronteiriços.

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No sábado, 16, duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas no bombardeio ucraniano na cidade fronteiriça russa de Belgorod, que tem enfrentado ataques regulares. No mesmo dia, os militares russos também alegaram que frustraram outra tentativa de incursão transfronteiriça de “grupos de sabotagem e reconhecimento” ucranianos.

O Corpo de Voluntários Russos – que inclui russos que lutam ao lado das forças ucranianas – alegou no sábado ter capturado 25 soldados russos. A afirmação não pôde ser verificada de forma independente. Os ataques transfronteiriços na área têm ocorrido esporadicamente desde o início da guerra e têm sido objeto de alegações e contra-alegações, bem como de desinformação e propaganda. / AP

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