SEUL - A visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, à Coreia do Norte nesta quarta-feira, 9, ganhou ainda mais destaque pela libertação de três cidadãos americanos que estavam detidos no país.
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Apesar de décadas de hostilidade entre Washington e Pyongyang, milhares de americanos visitaram o país antes que o departamento de Estado proibisse as viagens à Coreia do Norte, em setembro. Os motivos para os americanos viajarem ao território norte-coreano são muitos: turismo, negócios, trabalho humanitário ou atividades missionárias.
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Saiba quem são os americanos libertados.
Kim Hak-song
Trabalhava para a Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang quando foi preso em maio de 2017. Ele estava envolvido em um projeto de desenvolvimento agrícola na fazenda experimental do instituto. Foi preso em uma estação da capital da Coreia do Norte quando embarcava em um trem que o levaria para sua casa, na cidade chinesa de Dandong. As autoridades o acusaram de cometer "atos hostis" contra o governo.
Kim, de cerca de 50 anos, nasceu na província chinesa de Jilin e estudou em uma universidade da Califórnia, segundo a emissora CNN, que cita um ex-colega de classe. De acordo com a fonte, ele havia voltado para a China após cerca de dez anos nos EUA.
A universidade norte-coreana, fundada por evangelistas cristãos estrangeiros, abriu suas portas em 2010 e tem alguns professores americanos. Seus alunos geralmente são membros da elite norte-coreana.
Kim Sang-duk
Foi preso em abril de 2017 no principal aeroporto de Pyongyang, quando se preparava para deixar o país depois de dar aulas por várias semanas. Ele também trabalhava para a Universidade de Ciência e Tecnologia.
Também conhecido como Tony Kim, Kim Sang-duk era professor da Universidade de Ciência e Tecnologia de Yanbian na China, perto da fronteira com a Coreia do Norte. Segundo o site da instituição, era professor de contabilidade.
De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, ele teria cerca de 60 anos de idade e participava de programas para ajudar crianças em áreas rurais. O filho de Kim indicou no Facebook que a família não recebeu notícias desde a sua prisão.
Kim Dong-chul
O empresário de cerca de 60 anos foi sentenciado em abril de 2016 a dez anos de trabalhos forçados após sua prisão por subversão e espionagem. Ele foi preso em outubro de 2015 quando recebeu um pen drive com dados relacionados a atividades nucleares e outras informações militares, segundo a agência oficial norte-coreana KCNA.
Em entrevista à CNN em janeiro de 2016, Kim explicou que recebeu o material de um ex-soldado norte-coreano, ressaltando que era naturalizado americano e morava em Fairfax, na Virgínia. Ele contou ainda que administrava, na época, uma empresa de comércio e serviços de hotelaria e negócios em Rason, a zona econômica especial da Coreia do Norte, perto da fronteira entre a China e a Rússia.
Um mês antes de seu julgamento, Kim apareceu em uma entrevista coletiva organizada pelas autoridades norte-coreanas para pedir desculpas por ter tentado roubar segredos militares em conluio com a Coreia do Sul. Os serviços de inteligência sul-coreanos negaram a informação. / AFP