TEL-AVIV - Fernando Marman, 70, e Luis Har, 60, foram regatadas nesta segunda-feira, 12, por Israel em Rafah, no sul de Gaza, depois de quatro meses mantidos como reféns pelo grupo terrorista Hamas. Cidadãos com dupla cidadania argentina e israelense, eles são da mesma família, que teve cinco pessoas sequestradas no ataque terrorista de 7 de outubro.
Segundo informações do La Nacion, Luis se relaciona com Clara Marman, 62, irmã de Fernando, portanto, são cunhados. Eles moram em casas separadas, mas estavam todos juntos em Nir Yitzhak, um dos kibutz mais atingidos pela invasão do grupo terrorista, que matou 1,2 mil pessoas e levou mais 240 como reféns.
Além de Luis, Fernando e Clara, a outra irmã, Gabriela, e sua filha Mia, de 17 anos, também foram sequestradas pelos terroristas. As mulheres, no entanto, haviam sido liberadas em novembro, quando o Hamas entregou cerca de 100 reféns como parte de um acordo que garantiu uma semana de trégua no conflito em Gaza.
Em outubro, o Times Of Israel reportou que a família estava reunida para o feriado judaico que era celebrado naquele sábado quando ficaram sabendo do ataque. Eles então se esconderam em um quarto e tentaram reforçar a porta com uma cadeira, mas foram encontrados pelos terroristas e levados como reféns.
O grupo Bring Them Home Now (tragam eles de volta agora em tradução livre), que reúne familiares e amigos dos reféns, publicou uma foto do reencontro da família no hospital em Tel-Aviv. “Bem-vindos Luis e Fernando! Estamos emocionados em tê-los aqui conosco”, escreveu o grupo no X (antigo Twitter).
“Teve muito choro, muito abraço e poucas palavras... estávamos muito felizes em vê-los”, disse o familiar Edan Begerano na frente do hospital.
Fernando e Luis passaram por uma avaliação médica depois do resgate e os dois estão em boas condições de saúde, informou Israel.
A operação na madrugada desta segunda-feira, foi a segunda tentativa bem sucedida de resgatar reféns desde o ataque em 7 de outubro. Fernando e Luis foram encontrados no no segundo andar de um prédio no coração de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Uma nova rodada de ataques aéreos deu cobertura para as Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês) durante o resgate.
Do lado palestino, os bombardeios deixaram 67 mortos, segundo o ministério da Saúde local, controlado pelo Hamas.
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