‘Se não sair, vai morrer’, alerta prefeita de cidade da Flórida sobre furacão Milton

Autoridades americanas estão reforçando os pedidos para que os moradores da Flórida saiam das regiões que devem ser afetadas; Biden afirmou que Milton pode ser ‘a pior tempestade na Flórida em um século’

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Por Redação
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As autoridades da Flórida ampliaram os pedidos de deslocamento dos cidadãos do Estado nesta terça-feira, 8, antes da chegada de Milton, um furacão “extremamente perigoso” que é esperado na península do sudeste americano na noite de quarta-feira, 9.

Em uma entrevista à CNN americana, Jane Castor, prefeita da cidade de Tampa, na Flórida, alertou para o grande perigo que os moradores da Flórida correriam se ficassem nas zonas de retirada. “Se você escolher ficar em uma das zonas de retirada você vai morrer”.

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O Furacão Milton avançava pelo golfo do México na manhã desta terça-feira como um furacão de categoria 4, com ventos máximos sustentados de 230 km/h.

Após enfraquecer de categoria 5 para 4, espera-se que atinja a Flórida na noite de quarta-feira como uma tempestade de categoria 3, de acordo com o centro de furacões (NHC) dos Estados Unidos, que o classificou como “um furacão extremamente perigoso”.

Imagem de satélite mostra o Furacão Milton no Golfo do México na manhã de terça-feira, 8 de outubro; furacão pode ser um dos piores da história quando tocar o solo  Foto: NOAA / via The New York Times

Já afetada pela destruidora passagem do furacão Helene há dez dias, o qual deixou mais de 230 mortos, “toda a península da Flórida está sob algum tipo de alerta ou advertência”, afirmou, nesta terça-feira, o governador do estado, o republicano Ron DeSantis.

‘Saiam agora, agora, agora’, pede Biden

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o furacão Milton pode ser “a pior tempestade na Flórida em um século” e pediu aos americanos em áreas de risco para “se retirarem agora, agora, agora. É uma questão de vida ou morte”.

Serviços de emergência tentam limpar os destroços do furacão Helene, na Ilha de Anna Maria, na Flórida  Foto: Rebecca Blackwell/AP

Geradores, alimentos, água e lonas estão sendo distribuídos por toda a Flórida, e muitos moradores estão protegendo suas casas ou planejam sair. O furacão Milton passou perto da península de Yucatán, no México, na noite de segunda-feira, 7, provocando intensas chuvas, ventos fortes e ondas, mas sem que danos maiores fossem registrados.

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Uma bandeira americana rasgada resiste aos destroços do furacão Helene, na Ilha de Anna Maria, na Flórida  Foto: Rebecca Blackwell/AP

A vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca, Kamala Harris, pediu aos moradores da Flórida que “levem a sério” as autoridades locais. “Moradores da Flórida, vocês são pessoas resilientes que sofreram muito, mas este será diferente”, advertiu Harris na rede ABC.

Em uma demonstração da gravidade da situação, Biden suspendeu uma viagem que tinha programada para Alemanha e Angola nesta semana, informou a Casa Branca nesta terça-feira.

Filas em Tampa

O sudeste dos Estados Unidos ainda se recupera do impacto devastador do furacão Helene, que causou inundações e danos consideráveis em seis estados, com um saldo de pelo menos 234 mortes, enquanto os serviços de emergência continuam trabalhando para ajudar as inúmeras vítimas.

Moradores tentam preparar as suas casas para a passagem do furacão Milton, na Flórida  Foto: Rebecca Blackwell/AP

Em uma cena frenética que se repetia em vários lugares da Flórida, dezenas de carros formavam fila em um ginásio em Tampa para pegar sacos de areia para proteger suas casas das inundações que Milton trará.

John Gómez, de 75 anos, ignorou as recomendações e viajou de Chicago para tentar salvar a casa que tem na Flórida. “Acho que é melhor estar aqui caso algo aconteça”, disse Gómez enquanto esperava na fila. “Se estou em Chicago e algo acontece, não posso fazer nada”, afirmou.

Milton pode ser “a pior” tempestade a atingir a área de Tampa em mais de 100 anos, segundo o NHC.

Os cientistas sustentam que a mudança climática provavelmente desempenha um papel na rápida intensificação dos furacões, pois as superfícies oceânicas mais quentes liberam mais vapor da água, o que fornece mais energia às tempestades e, consequentemente, intensifica seus ventos.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA) havia previsto em maio que a temporada de furacões no Atlântico Norte (de junho a novembro) seria especialmente turbulenta este ano devido à temperatura dos oceanos./AFP

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