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Israel x Hamas: Segundo comboio de ajuda humanitária chega à Faixa de Gaza

Arredores da passagem de Rafah, no Egito, têm fila de mais de 100 caminhões de suprimentos aguardando a entrada no território palestino

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Foto do author Bruna Arimathea
Atualização:

Dezessete caminhões com ajuda humanitária atravessaram a passagem de Rafah, no Egito, em direção à Faixa de Gaza, neste domingo, 22. O comboio é o segundo a ter autorização para passar a fronteira e entrar no território palestino desde que o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas começou, no início de outubro.

A passagem de Rafah foi aberta pela primeira vez neste sábado, 21, quando 20 caminhões cruzaram a fronteira para levar suprimentos como água, alimentos e remédios. O lote de ajuda humanitária foi transportado pela Cruz Vermelha, com insumos enviados pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Fila de caminhões aguardam autorização para entrar na Faixa de Gaza Foto: BELAL AL SABBAGH/AFP

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Para especialistas, porém, a quantidade de suprimentos ainda é muito inferior à necessidade da região — a Faixa de Gaza tem mais de 2 milhões de pessoas. De acordo com a Agência da ONU para refugiados, a Acnur, o comboio representa apenas 4% do total de insumos que o território palestino precisa por dia. O pedido da organização é que sejam enviados, pelo menos, 100 caminhões por dia para a região. As Forças de Defesa de Israel disseram que a situação está sob controle.

A abertura da passagem de Rafah, que liga a Península do Sinai, no norte do Egito, à Faixa de Gaza, acontece após negociações entre Estados Unidos e Egito, com um apelo direto do presidente Joe Biden, que esteve em Israel nesta semana. Enquanto a entrada controlada permitiu a passagem de 37 caminhões até o momento, mais de 100 veículos com ajuda humanitária aguardam autorização para entrar no território palestino.

Os comboios também não estão autorizados a fazer o transporte de combustível para a faixa de Gaza, ainda sob um veto de Israel, que teme que o insumo possa ser desviado por terroristas do Hamas. A falta de combustível coloca em risco o funcionamento de hospitais, que usam geradores para manter aparelhos e necrotério funcionando, além de ambulâncias.

Por enquanto, a entrada de comboios segue sendo a única atividade autorizada para acessar a fronteira. Centenas de pessoas com passaporte de outros países esperam autorização para sair do território da Faixa de Gaza.

O conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel já deixou mais de 1.400 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades israelenses. Segundo autoridades do Hamas em Gaza, a resposta israelense já deixou mais de 4 mil mortos./COM AFP

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