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‘Sinwar era um obstáculo’ e ‘Justiça foi feita’: líderes mundiais repercutem morte de líder do Hamas

Principal arquiteto do ataque terrorista de 7 de outubro, Sinwar foi assassinado na Faixa de Gaza; aliados de Israel diz que momento é para fim da guerra

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Por Redação
Atualização:

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta quinta-feira, 17, que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, marca um momento de alívio e um dia bom para Israel, para os EUA e para o resto do mundo, e é uma oportunidade para o fim da guerra na Faixa de Gaza. “Sinwar era um obstáculo intransponível para atingir todos esses objetivos. Esse obstáculo não existe mais. Mas ainda há muito trabalho pela frente”, disse em um comunicado.

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Segundo o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, os dois líderes conversaram por telefone e concordaram que a morte de Sinwar abre uma janela para o cessar-fogo para a libertação dos 101 reféns que seguem presos na Faixa de Gaza. Apesar disso, Israel diz que a guerra ainda não chegou ao fim e que irá continuar ‘com toda força’.

A vice-presidente e candidata à presidência dos EUA, Kamala Harris, também se pronunciou. Ela afirmou que “a justiça foi feita” com a morte de Sinwar. “Ele tinha sangue americano em suas mãos”, declarou após uma agenda de campanha em Milwaukee. “Este momento nos dá uma oportunidade de finalmente acabar com a guerra em Gaza”, acrescentou.

Imagem desta quinta-feira, 17, mostra presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington. Democrata diz que morte de Sinwar significa 'um dia bom' para Israel Foto: Manuel Balce Ceneta/AP

Além das autoridades dos EUA, país que é o principal aliado dos EUA, outros líderes do Ocidente também se pronunciaram sobre a morte de Sinwar e a possibilidade do fim da guerra.

O presidente da França, Emmanuel Macron, relembrou nas redes sociais o líder do Hamas como o principal responsável “pelos ataques terroristas e atos bárbaros de 7 de outubro” e disse que pensa com condolência nas vítimas e famílias do episódio. “A França exige a libertação de todos os reféns ainda mantidos pelo Hamas”, declarou.

Os ministérios das Relações Exteriores da Alemanha e da Itália também declararam que o líder do Hamas havia causado a morte de milhares de pessoas e sofrimento incomensurável em toda uma região.

A ministra alemã Annalena Baerbock pediu ao Hamas a rendição e libertação dos reféns e disse que “o sofrimento do povo em Gaza deve finalmente acabar”. O ministro italiano, Antonio Tajani, também disse esperar o fim da guerra. “Espero que o desaparecimento do líder do Hamas leve a um cessar-fogo em Gaza”, declarou.

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O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, também se pronunciou e disse que “pessoalmente não sentirá falta” de Sinwar. “[Sinwar] é amplamente reconhecido como o arquiteto dos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023 em Israel”, disse Rutte. “Eu os condenei, todos os aliados os condenaram. Toda alma razoável no mundo os condenou.”

‘Esforços diplomáticos redobrados’, diz Blinken

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, declarou que os EUA vão redobrar os esforços nos próximos dias para acabar com a guerra em Gaza após o assassinato de Sinwar. “Em várias ocasiões nos últimos meses, Sinwar rejeitou os esforços dos Estados Unidos e seus parceiros para encerrar esta guerra por meio de um acordo que devolveria os reféns às suas famílias e aliviaria o sofrimento do povo palestino”, disse Blinken.

Nesta quinta, Blinken conversou com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Adbulrahman Al Thani, um dos principais mediadores na guerra entre o Hamas e Israel, para discutir como agir para “acabar com a guerra na Faixa de Gaza e reduzir a escalada no Líbano”, segundo um comunicado de Doha.

Apesar da expectativa, analistas afirmam que ainda é cedo demais para avaliar se a morte de Sinwar irá se concretizar em avanços para um cessar-fogo em Gaza. “Autoridades israelenses envolvidas nas negociações sobre o acordo de reféns e cessar-fogo disseram que é muito cedo para saber se a morte de Yahya Sinwar permitirá um avanço no curto prazo”, escreveu Barak Ravid, repórter do site americano Axios e analista da CNN, no X.