Síria: centenas de cristãos protestam em Damasco após queima de árvore de Natal no centro do país

Manifestantes se reuniram para expressar seu descontentamento e temor duas semanas depois que uma coalizão armada liderada por Ahmad al-Sharaa derrubou o presidente Bashar Assad

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Por Redação
Atualização:

Várias manifestações foram realizadas nesta terça-feira, 24, nos bairros cristãos de Damasco, capital da Síria, em protesto contra a queima de uma árvore de Natal em uma localidade no centro do país.

“Exigimos os direitos dos cristãos”, repetiam em coro os manifestantes, enquanto marchavam pelas ruas de Damasco até a sede do Patrimônio Ortodoxo de Antioquia, no bairro de Bab Charqi.

Os manifestantes se reuniram para expressar seu descontentamento e temor duas semanas depois que uma coalizão armada liderada por Ahmad al-Sharaa derrubou o presidente Bashar Assad.

Sírios celebram a chegada do Natal em Damasco, Síria  Foto: Anwar Amro/AFP

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O presidente deposto se autoproclamava como um protetor das minorias em um país predominantemente sunita.

“Viemos porque há muito sectarismo contra os cristãos, sob o pretexto de que são ‘casos isolados’”, disse à AFP um manifestante identificado como Georges. “Se não nos permitirem viver nossa fé cristã no nosso país, então não pertencemos mais aqui”, acrescentou.

Alguns manifestantes levavam cruzes de madeira, outros agitavam a bandeira síria da independência, com três estrelas, adotada pelas novas autoridades.

Cristãos sírios celembram a chegada do Natal nas ruas de Damasco, Síria  Foto: Sameer Al-doumy/AFP

As manifestações se seguiram à publicação, nas redes sociais, de um vídeo em que combatentes encapuzados incendiavam uma árvore de Natal na cidade de Suqaylabiyah, de maioria cristã, perto de Hama.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os combatentes eram estrangeiros do grupo jihadista Ansar al Tawhid.

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Em outro vídeo que viralizou na internet, um dirigente religioso do grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS ou Organização para a Libertação do Levante, em português), que tomou o poder em Damasco, afirma que os autores do ato “não eram sírios” e que seriam punidos. O oficial também apontou que a árvore deve ser novamente iluminada nesta terça-feira./com AFP

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