PUBLICIDADE

Sobe para 21 o número de crianças mortas em incêndio em escola primária no Quênia

Fogo atingiu dormitório onde estavam mais de 150 crianças; escola atende cerca de 800 alunos com idades entre nove e 13 anos

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

ENDARASHA, QUÊNIA – O incêndio que atingiu o dormitório de uma escola primária no Quênia deixou pelo menos 21 mortos, segundo um novo balanço do governo do país divulgado neste sábado, 7. Vários alunos ainda estão desaparecidos, apesar da busca desesperada dos pais.

Funcionários da Cruz Vermelha do Quênia tentam confortar uma mulher que reage a incêndio na Escola Primária Hillside Endarasha, em Nyeri. Foto: AP

PUBLICIDADE

O incêndio começou na Academia Hillside Endarasha, no condado de Nyeri, na quinta-feira, 5, por volta da meia-noite, e se espalhou para um dormitório onde estavam mais de 150 crianças. A escola primária, que atende cerca de 800 alunos com idades entre nove e 13 anos, está localizada a aproximadamente 170 km ao norte de Nairóbi, capital do país africano.

O porta-voz do governo, Isaac Mwaura, informou que o número de mortos subiu para 21. Dos 156 alunos que estavam no dormitório no momento do incêndio, 139 foram localizados, em suas casas ou no hospital.

“É uma catástrofe inimaginável”, declarou Mwaura. “É muito triste para a nação perder tantos jovens quenianos promissores. Isso parte nossos corações”, acrescentou.

O presidente William Ruto declarou três dias de luto a partir de segunda-feira e enfatizou que os responsáveis “terão que prestar contas”. “Prometo que as perguntas difíceis que surgiram, como, por exemplo, como essa tragédia aconteceu e por que a resposta não foi rápida, serão respondidas de forma completa, franca e sem medo ou favorecimento”, afirmou em comunicado.

O governo afirmou que seria necessária uma minuciosa investigação de DNA para ajudar a identificar as vítimas. “Os corpos encontrados no local estão tão carbonizados que são irreconhecíveis”, disse a porta-voz da polícia, Resila Onyango, na sexta-feira. “Queremos iniciar hoje o processo de exames de DNA”, declarou Martin Nyuguto, chefe das investigações sobre homicídios, à AFP.

A tensão era palpável entre os familiares reunidos em frente à escola, aguardando informações sobre seus filhos. Vários deles desabaram em lágrimas quando a polícia lhes mostrou os corpos dos alunos na sala incendiada.

Publicidade

“Por favor, encontrem meu filho. Não é possível que ele esteja morto. Quero meu filho!”, gritou uma mulher enquanto se afastava do local. Niyawira, mãe de um aluno que sobreviveu, afirmou que não sabe quem morreu. “Só ouvimos rumores”, relatou.

A estrutura do dormitório foi devastada pelas chamas, e seu telhado de chapa ondulada desabou completamente, constatou a AFP. O prédio foi isolado com fita amarela pela polícia, que bloqueou todos os acessos.

A Comissão Nacional de Gênero e Igualdade do Quênia declarou que os relatórios iniciais indicavam que o dormitório estava “superlotado, o que violava as normas de segurança”. O papa Francisco expressou neste sábado, em um comunicado, sua “proximidade espiritual” com as famílias das crianças.

Tanto o Quênia quanto outros países da África Oriental sofreram diversos incêndios em escolas nos últimos anos. Em 2016, nove estudantes morreram em uma tragédia em uma escola feminina no bairro de Kibera, em Nairóbi. Em 2001, 67 alunos perderam a vida em um incêndio provocado em um dormitório em uma escola secundária no distrito de Machakos, no sul do Quênia./AFP

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.