Soldados israelenses denunciam decapitação de bebês e falam em 40 mortes

Jornalistas internacionais visitaram nesta terça, 10, a vila Kfar Azza, a menos de três quilômetros de Gaza; Exército ainda não confirma o massacre

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Por Redação
Atualização:

Durante uma visita nesta terça-feira, 10, de jornalistas internacionais para visitarem a aldeia de Kfar Azza, um dos locais atacados pelos terroristas do Hamas um um comandante do exército israelense disse a um jornalista do canal local i24 News que teriam sido encontrados os corpos de cerca de 40 bebês e alguns deles haviam sido decapitados. Apesar do relato, no entanto, o Exército de Israel não confirma a informação.

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“Vimos o noticiário, mas ainda não há confirmações”, disse um porta-voz da IDF à Agência Anadolu.

De acordo com o The Times of Israel, pouco antes de levar os jornalistas ao local, o exército de Israel disse que “finalmente recuperou o controle da fronteira com a Faixa de Gaza, cerca de 72 horas depois que os terroristas do Hamas explodiram seções da barreira e iniciaram uma invasão, massacrando mais de 900 israelenses e sequestrando mais de 100 para Gaza”.

A correspondente do The New York Times em Jerusalém, Isabel Kershner, relatou que a vila parecia normal à distância, com terraços bem organizados de casas térreas bege. Ela conta que passou pelo refeitório da vila, pelo jardim de infância e pelo centro cultural e virou à esquerda. Então o horror se desenrolou.

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Das casas alinhadas em um terraço, soldados israelenses carregaram na manhã desta terça macas com os corpos de três moradores mortos por terroristas do Hamas e os colocaram na traseira de um caminhão. Um número incontável de corpos permaneceu lá dentro, disseram os soldados.

Vila Kfar Azza, em Israel, a menos de três quilômetros de Gaza, na manhã desta terça-feira, 10, após ataque feito por terroristas do Hamas no sábado, 7. Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

Várias casas foram queimadas. Lá dentro, buracos de bala crivavam alguns tetos. Uma granada não detonada estava debaixo da mesa da cozinha.

Este foi o cenário de alguns dos piores derramamentos de sangue no sábado, 7, depois de terroristas armados terem atravessado a fronteira de Gaza, cerca de dois quilômetros e meio a oeste, abatendo a tiro um número desconhecido dos 750 residentes da aldeia. Um fotógrafo do The New York Times e eu estávamos entre os primeiros jornalistas autorizados a entrar na aldeia desde o ataque.

“Não é uma guerra ou um campo de batalha, é um massacre”, disse o major-general Itai Veruv, um oficial israelense no local. “É algo que nunca vi na minha vida, algo mais parecido com um massacre da época dos nossos avós.”

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Havia mais de uma dúzia de corpos inchados caídos no chão. Alguns deles eram israelenses, alguns eram terroristas do Hamas – eles foram mortos em um tiroteio quando os soldados israelitas finalmente retomaram o controle da aldeia.

Perto estavam os restos de uma caminhonete destruída e de uma asa delta, dois dos veículos usados pelos homens armados para cruzar a fronteira com Israel. As pernas de um homem morto apareciam debaixo de um arbusto.

Viajando para Kfar Azza nesta terça, passamos por várias cenas semelhantes e vimos dezenas de carros baleados e queimados. Fileiras de tanques, veículos blindados e soldados israelenses protegiam a estrada.

Carros foram queimados por terroristas do Hamas. Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

Enquanto estávamos na aldeia, os frequentes disparos de foguetes vindos de Gaza fizeram-nos correr em busca de abrigo. Entre os estrondos, ficamos com o estranho som do silêncio./ The New York Times

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