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Suprimentos de ajuda humanitária são furtados de centros de distribuição da ONU em Gaza

A UNRWA afirmou em um comunicado divulgado neste domingo, 29, que civis invadiram vários dos seus centros de distribuição no sul e centro de Gaza, ‘levando farinha de trigo e outros artigos básicos de sobrevivência’

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Por Redação
Atualização:

A Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) afirmou que “milhares de pessoas” invadiram os seus centros de distribuição na Faixa de Gaza e roubaram “artigos básicos de sobrevivência”, incluindo material de ajuda humanitária.

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A UNRWA afirmou, em um comunicado divulgado neste domingo, 29, que multidões invadiram vários dos seus centros de distribuição no sul e centro de Gaza, “levando farinha de trigo e outros artigos básicos de sobrevivência, como material de higiene”.

A agência disse que um dos centros, localizado em Deir al-Balah, uma cidade central de do enclave palestino que também abriga um campo de refugiados, continha “suprimentos dos comboios humanitários vindos do Egito”.

Civis palestinos carregam suprimentos na cidade de Khan Younis, próximo a um centro da ONU, no sul da Faixa de Gaza  Foto: Ibraheem Abu Mustafa/Reuters

Thomas White, diretor da UNRWA em Gaza, descreveu o incidente como “um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a se quebrar”, acrescentando que “as pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas” após semanas de guerra.

“As tensões e o medo são agravados pelos cortes nas linhas telefônicas e de Internet”, disse White, referindo-se ao apagão quase total das comunicações no enclave no sábado, 28. “Sentem que estão sozinhos, isolados das suas famílias em Gaza e do resto do mundo.” Neste domingo, 29, os civis da Faixa de Gaza relataram que o sinal de internet está voltando aos poucos.

Israel reiterou os pedidos para que os palestinos saiam do norte de Gaza e se desloquem para o sul para sua própria segurança, mas grupos de defesa dos direitos humanos afirmam que isso criou uma crise humanitária, com a parte sul de Gaza incapaz de absorver o fluxo de refugiados.

“As necessidades das comunidades são imensas, nem que seja apenas para a sobrevivência básica, enquanto a ajuda que recebemos é escassa e inconsistente”, afirmou White.

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Internet

Com a volta parcial da internet e das linhas telefônicas no enclave palestino, muitos moradores da Faixa de Gaza tentavam descobrir quem estava vivo e quem havia morrido nas últimas 24 horas.

De acordo com o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo terrorista Hamas, 8.005 pessoas morreram até agora em Gaza desde o inicio da guerra. 3.342 crianças estão entre as mortas, segundo dados do ministério controlado pelo Hamas./W.Post

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