Suspeito de ataque em escola nos EUA foi interrogado por ameaças online no ano passado

FBI recebeu denúncias em maio de 2023 de postagens em site de jogos alertando para um tiroteio escolar; suspeito negou ter feito ameaças

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Por Rick Rojas (The New York Times)
Atualização:

Investigadores federais dos Estados Unidos disseram que o suspeito do tiroteio em uma escola de ensino médio na Geórgia nesta quarta-feira, 4, havia sido interrogado mais de um ano atrás por autoridades locais em relação a ameaças feitas online sobre um tiroteio escolar.

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As autoridades chegaram ao suspeito, Colt Gray, que tinha 13 anos na época, depois que o Centro Nacional de Operações de Ameaças do FBI recebeu várias denúncias anônimas em maio de 2023 relatando ameaças que haviam sido postadas em um site de jogos online, alertando sobre um tiroteio escolar em “um local e horário não identificados”, de acordo com declarações do escritório de campo do FBI em Atlanta e de autoridades locais.

As ameaças incluíam fotografias de armas. Investigadores do escritório do xerife no Condado de Jackson, Geórgia, entrevistaram o suspeito e seu pai, segundo o FBI. O pai disse aos investigadores que tinha armas de caça em casa, mas afirmou que seu filho não tinha acesso às armas sem supervisão. O suspeito negou ter feito as ameaças. O FBI disse que as autoridades do Condado de Jackson alertaram as escolas locais “para monitoramento contínuo do indivíduo”.

O ataque desta quarta-feira ocorreu perto da cidade de Winder, cerca de 70 quilômetros a nordeste de Atlanta. Quatro pessoas morreram e outras nove ficaram feridas. Foto: Mike Stewart/AP

No entanto, não estava claro se os funcionários da Apalachee High School, onde o tiroteio ocorreu e onde o suspeito era estudante neste ano, estavam entre os informados; a escola fica em Winder, Geórgia, no vizinho Condado de Barrow.

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Em seu comunicado, o FBI afirmou que os investigadores não tinham causa provável para prender o adolescente ou “tomar qualquer outra ação policial em nível local, estadual ou federal”.

Em um comunicado separado, Janis Mangum, xerife do Condado de Jackson, disse que uma “investigação minuciosa foi conduzida”, mas que “as ameaças no site de jogos não puderam ser comprovadas”. Mangum alertou os moradores para terem cuidado com postagens contendo desinformação circulando online.

“Meu telefone está explodindo com mensagens de pessoas sobre postagens nas redes sociais a respeito de outros possíveis incidentes”, disse ela em uma nota no Facebook. “Até onde sei, não existe uma lista indicando nada disso.”

O ataque desta quarta-feira ocorreu perto da cidade de Winder, cerca de 70 quilômetros a nordeste de Atlanta, a capital do estado da Geórgia. Quatro pessoas morreram e outras nove ficaram feridas. O atirador, que também era aluno da escola, foi preso. Ele será acusado de homicídio e julgado como adulto, informou o Departamento de Investigação da Geórgia.

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