O adolescente branco acusado de matar a tiros 10 pessoas negras em um ataque racista em um supermercado em Buffalo, no Estado americano de Nova York, foi denunciado nesta quarta-feira, 1º, por terrorismo doméstico.
Payton Gendron, de 18 anos, também é alvo de 10 acusações de assassinato em primeiro grau, segundo um documento divulgado no site do sistema judiciário do Estado de Nova York.
A denúncia, que inclui 25 acusações, afirma que Gendron estava motivado pelo ódio quando supostamente matou 10 pessoas e feriu outras 3 durante no ataque no supermercado Tops Friendly Market em Buffalo no mês passado.
As outras acusações incluem tentativa de homicídio e posse de armas. Ele será notificado no Tribunal do Condado de Erie na quinta-feira às 14h (15h de Brasília), segundo um porta-voz da promotoria.
O jovem, que havia se declarado inocente de assassinato em primeiro grau, enfrenta acusações por cada uma das vítimas, que tinham entre 32 e 86 anos. O crime de terrorismo doméstico, que entrou em vigor em 2020, acarreta em pena de prisão perpétua.
As autoridades federais estão também considerando apresentar acusações por crimes de ódio contra Gendron. Elas disseram que o atirador transmitiu o vídeo do ataque para uma plataforma de mídia social em tempo real. Ele é acusado de postar material de supremacia branca online.
Em 24 de maio, outro jovem de 18 anos abriu fogo na Robb Elementary School em Uvalde, Texas, matando 19 crianças e 2 professoras. Esse foi o mais recente de uma série de ataques a tiros em massa nos Estados Unidos, muitos deles realizados por jovens usando armas semiautomáticas de assalto.
Os ataques em Buffalo e Uvalde reacenderam um debate acirrado entre os defensores de controles de armas mais rígidos e aqueles que se opõem a qualquer legislação que possa comprometer o direito constitucional dos americanos de portar armas.
O presidente dos EUA, Joe Biden, juntou-se a outros democratas para pedir novas restrições de armas, como a proibição de armas de assalto e verificações universais de antecedentes para compras de armas de fogo./AFP e Reuters
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