LONDRES - O tabloide britânico Daily Mail publicou no domingo, 19, imagens do príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II dentro da mansão do bilionário americano Jeffrey Epstein se despedindo de uma jovem que deixa o local.
Epstein cometeu suicídio na prisão no dia 10, enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual de menores e pedofilia. Em nota, o Palácio de Buckingham disse que o príncipe está abalado com as publicações.
"O duque de York ficou horrorizado com as recentes publicações sobre os supostos crimes de Jeffrey Epstein", afirmou a nota. "Seu vossa alteza real deplora a exploração de qualquer ser humano e sugerir que ele perdoaria, participaria ou encorajaria qualquer conduta deste tipo é horroroso.”
No último dia 13, o Palácio de Buckingham divulgou um primeiro comunicado no qual negava "categoricamente" as acusações de abuso sexual contra o príncipe após a revelação do escândalo.
Epstein: denúncias e envolvimento com políticos e famosos
Epstein foi fotografado frequentemente junto com famosos e políticos, como o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o presidente, Donald Trump.
O irmão do príncipe Charles, oitavo na linha de sucessão ao trono britânico, e Epstein se conheceram nos anos 90 mediante uma amiga em comum chamada Ghislaine Maxwell, filha de Robert Maxwell, um bem-sucedido empresário da imprensa.
Nos anos posteriores, foram vistos tirando férias nos mesmos lugares e, inclusive, o príncipe convidou Epstein à casa de campo da família real britânica em Sandringham e ao Castelo de Windsor.
Príncipe Andrew era próximo de Epstein
Depois que o magnata foi julgado em 2008 e deixou a prisão em 2010, ambos foram fotografados juntos em Nova York, o que obrigou o príncipe a pedir desculpas, a declarar que tinha rompido sua relação com o acusado e a renunciar ao seu cargo de representante do Reino Unido para o Comércio Exterior.
Segundo as investigações, Epstein solicitava com frequência "massagens" que, segundo as investigações, poderiam resultar em relações sexuais forçadas.
Virginia Giuffre, uma das supostas vítimas, declarou em 2016 que teve relações sexuais com o príncipe quando ela era menor de idade. / AFP e EFE
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