Taiwan detecta 37 caças chineses em sua zona de defesa aérea

A China intensificou suas atividades militares em torno de Taiwan nos últimos meses em meio à deterioração dos laços EUA-China

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Por Redação
Atualização:

TAIPÉ - Cerca de 40 aviões militares chineses entraram na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan nesta quinta-feira, 8, segundo o Ministério da Defesa de Taiwan.

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O porta-voz do ministério, Sun Li-fang, disse nesta quinta-feira que das 05h00 (18h00 de quarta-feira no horário de Brasília) às 11h00 “um total de 37 aeronaves militares chinesas” entraram no sudoeste da zona de identificação de defesa aérea de Taiwan.

Não é o maior ataque deste ano, que foi de 45 aviões em 9 de abril, mas neste caso aconteceu em um espaço de tempo muito curto.

Nos últimos tempos, Pequim intensificou os ataques de aeronaves militares na zona de identificação de defesa aérea de Taiwan, quase dobrando em 2022 em relação ao ano anterior.

Esta zona, na qual um território pode identificar tráfego aéreo para fins de defesa, é maior que o espaço aéreo da ilha e em algumas áreas se sobrepõe a partes da China continental.

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Um navio de guerra chinês navega durante um exercício militar perto de Fuzhou, província de Fujian, perto das Ilhas Matsu, controladas por Taiwan, próximas à costa chinesa Foto: Tomas Peter/ REUTERS

Escalada nas tensões

A China intensificou suas atividades militares em torno de Taiwan nos últimos meses em meio à deterioração dos laços EUA-China. O país de Xi Jinping não reconhece a fronteira traçada unilateralmente pelos Estados Unidos durante a Guerra Fria e reivindica Taiwan como seu próprio território para ser colocado sob seu controle pela força, se necessário. Regularmente, a China envia navios e aviões de guerra para o espaço aéreo e as águas próximas à ilha.

Em agosto passado, a China intensificou os jogos de guerra em torno de Taiwan , com disparos de mísseis e incursões nas águas e no espaço aéreo de Taiwan após a visita da então presidente da Câmara, Nancy Pelosi, a Taipé.

Em abril, os militares chineses disseram que estavam “prontos para lutar” depois de completar três dias de exercícios de combate em larga escala em torno de Taiwan, que simularam o isolamento da ilha em resposta à viagem da presidente taiwanês, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos.

Já em maio, o Ministério da Defesa de Taiwan afirmou que detectou três navios de guerra chineses, incluindo o porta-aviões Shandong, passando pelo Estreito de Taiwan. A passagem das embarcações ocorre em meio a tensões militares entre as duas nações, enquanto Pequim mantém pressão sobre a ilha, reivindicando-a como seu território./AFP

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