THE NEW YORK TIMES - Após meses de expectativa, Taylor Swift fez ontem finalmente sua primeira incursão nas eleições de 2024, incentivando seus 282 milhões de seguidores no Instagram a votarem nas primárias. A mensagem foi breve e apartidária, e não incluiu nenhum apoio explícito.
A mensagem foi dirigida aos eleitores americanos, principalmente do Estado do Tennessee, onde ela vive. “Gostaria de lembrá-los de votar nas pessoas que mais representam vocês”, escreveu Taylor. “Se ainda não o fizeram, façam hoje (ontem).”
Embora discreta, a mensagem tem potencial para irritar os eleitores de Donald Trump, que nos últimos meses vêm promovendo teorias de que Taylor faz parte de uma trama elaborada para espalhar a propaganda democrata – uma das conspirações fala em manipulação do Super Bowl, a final da liga de futebol americano, ou um plano para forçar as pessoas a serem vacinadas contra a covid.
Uma pessoa do grupo próximo da cantora disse que ela votou pelo correio no Tennessee, antes da Superterça. Taylor, de 34 anos, ainda não apoiou nenhum candidato na eleição de 2024. Em 2020, no entanto, ela se jogou na campanha de Joe Biden – e um novo apoio dela está no topo da lista de desejos dos assessores do presidente americano, que enfrenta uma disputa acirrada pela reeleição.
Durante grande parte de sua carreira, Taylor evitou falar de política ou dar declarações comprometedoras. No entanto, em 2018, ela apoiou dois candidatos democratas do Tennessee: o ex-governador Phil Bredesen, que estava concorrendo ao Senado; e Jim Cooper, deputado que já se aposentou. Naquela época, ela também começou a se manifestar em apoio aos direitos da comunidade LGBT+.
Em setembro, no Dia Nacional do Registro de Eleitores, Taylor foi ao Instagram para incentivar seus seguidores a se registrarem para votar, se inscrevendo na Vote.org, a mesma ONG à qual ela se vinculou ontem. A publicação, que ocorreu no auge da turnê do show Eras, provocou um aumento de 35 mil registros, muitos deles de jovens eleitores, segundo a organização.
Taylor Swift tem uma base de fãs fiel. De acordo com pesquisa da Redfield & Wilton Strategies, publicada pela Newsweek, em novembro, 18% dos eleitores americanos estavam “mais propensos” ou “significativamente mais propensos” a votarem em um candidato apoiado por ela. Três em cada 10 eleitores com menos de 35 anos disseram que votariam em um candidato apoiado pela cantora.
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