A CIA forneceu informações às autoridades austríacas que permitiram interromper o plano que poderia ter matado milhares de pessoas em um show da cantora americana Taylor Swift em Viena, na Áustria, disse o vice-diretor da agência na quarta-feira, 28.
David S. Cohen, vice-diretor da CIA, disse que a agência havia fornecido informações sobre quatro pessoas ligadas ao grupo Estado Islâmico que estavam planejando um ataque. Alguns dos indivíduos presos foram encontrados com material para fabricação de bombas e tinham acesso ao local do show, onde vários espetáculos estavam programados para acontecer nos dias seguintes às prisões.
“Eles estavam planejando matar um grande número, dezenas de milhares de pessoas neste show, tenho certeza de que muitos americanos”, disse Cohen na Cúpula de Inteligência anual, nos arredores de Washington, D.C. “Os austríacos conseguiram fazer essas prisões porque a agência e nossos parceiros na comunidade de inteligência forneceram a eles informações sobre o que esse grupo ligado ao Estado Islâmico estava planejando fazer.”
No dia 7 de agosto, autoridades austríacas prenderam duas pessoas acusadas de planejar um ataque terrorista; outras foram presas nos dias subsequentes. Autoridades austríacas disseram que um dos homens, um austríaco de 19 anos, havia jurado lealdade ao Estado Islâmico e se concentrado na turnê de Taylor Swift como alvo.
Cohen não expressou dúvidas de que atacar o show da “The Eras Tour” e matar um grande número de espectadores era o objetivo do plano.
Ele não disse como a CIA soube do ataque planejado. Mas agências de inteligência já alertaram outros países sobre planos terroristas anteriormente. No início deste ano, autoridades dos EUA alertaram autoridades no Irã e na Rússia que o afiliado do Estado Islâmico no Afeganistão pretendia atacar eventos — um serviço memorial no Irã e um show em Moscou — embora nenhum dos países tenha conseguido impedir esses ataques.
Taylor Swift planejava realizar três shows em Viena a partir de 8 de agosto, e a expectativa de público era de 200 mil pessoas. Na semana passada, em uma postagem nas redes sociais, ela agradeceu às autoridades, dizendo que, por causa delas, “estamos lamentando por shows e não por vidas”.
Cohen disse que os avisos antiterrorismo nem sempre recebem muita atenção. Mas a ação para impedir o ataque na Áustria, que potencialmente salvou centenas de vidas, disse ele, foi diferente.
“Posso dizer a vocês, dentro da minha agência e de outras, que houve pessoas que acharam que foi um dia muito bom para Langley”, disse ele, referindo-se à sede da CIA. “E não apenas para os swifties (fãs de Taylor Swift) na força de trabalho”.
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Falando na mesma conferência em 2021, Cohen disse que o desafio após a retirada americana do Afeganistão seria saber se o Estado Islâmico ou a Al Qaeda “teriam a capacidade de atacar o território nacional” antes que pudessem ser detectados.
Ele prometeu então que a CIA encontraria maneiras de reconstruir sua inteligência sobre o Afeganistão, sugerindo que os esforços poderiam incluir coleta “além do horizonte” por drone de longo alcance e conversas com informantes no país.
Na quarta-feira, Cohen reconheceu os sucessos recentes em frustrar o afiliado do grupo Estado Islâmico no Afeganistão, mas disse que era mais difícil fazer isso agora que os Estados Unidos não tinham presença militar no Afeganistão.
“Descobrimos como executar nossa missão mesmo quando é difícil”, disse ele.
Cohen disse que a capacidade da CIA de coletar inteligência sobre ameaças do Afeganistão não era tão forte quanto há cinco anos, mas disse que a agência e seus parceiros ainda eram capazes de “defender o território nacional e desvendar planos terroristas”.
c.2024 The New York Times Company
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