Veja também:Infográfico: Eleições legislativas nos EUA Especial:O governo Obama Galeria de fotos: veja imagens do pleitoLive blogging: acompanhe a votação nos EUA Radar Global: Os personagens das eleiçõesGustavo Chacra: guerras não influenciam eleição Thomas Mann, analista do Brookings Institute, explica que a maioria dos adeptos do Tea Party são conservadores que têm suas posições mais extremistas apoiadas pelo partido. "Eles pregam um governo limitado, e a visão desses políticos é mais radical em relação à imigração e à religião", diz. Para Robert Sean Purdy, professor de História dos Estados Unidos da Universidade de São Paulo (USP), o crescimento do movimento Tea Party se dá por conta da falta de alternativas às políticas do presidente Barack Obama. "O clima mudou muito nos dois anos. Antes, havia uma oferta de política nova, mas, pela falta de alternativas, a direita passou a dominar o cenário, com propostas que há dez anos seriam consideradas loucas: contra imigrantes e mesquitas, por exemplo. É uma situação diferente", analisa. Nesta terça-feira, 2, os eleitores americanos vão renovar um terço do Senado, toda a Câmara e escolher novos governadores em 37 Estados. As pesquisas de intenção de voto dão vitória para candidatos republicanos em várias Unidades da Federação e circunscrições. Mann afirma não acreditar que o Tea Party vá constituir uma grande força política no Congresso americano, mas mesmo assim será um bloco com voz entre os parlamentares. "O movimento é incipiente e bastante descentralizado, mas sua associação com os republicanos vai transformá-lo em uma minoria significante", avalia. Purdy, por sua vez, crê que a corrente conservadora vai se fortalecer. "É importante ressaltar que os políticos tradicionais do Partido Republicano, que não têm vínculos formais com o Tea Party, estão mudando políticas para se aproveitar do movimento. Esses candidatos estão preenchendo o vácuo político que o governo deixou", completou.
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