A passagem da tempestade tropical Trami nas Filipinas deixou 110 mortos, segundo os últimos dados publicados pelas autoridades, que continuam à procura de dezenas de pessoas desaparecidas devido às chuvas torrenciais.
O ciclone que atravessou o país em 24 de outubro tornou-se uma das tempestades mais mortíferas que atingiu o arquipélago este ano e causou o deslocamento de meio milhão de habitantes.
Uma avaliação anterior, realizada pela AFP com base em dados das autoridades locais, reportou 100 mortes. Pelo menos 42 pessoas continuam desaparecidas, indicou no último domingo, 27, a agência nacional de gestão de desastres.
“É possível que o número de mortos seja maior nos próximos dias, já que as equipes de resgate poderão chegar a locais que antes estavam isolados”, reconheceu Edgar Posada, da Defesa Civil.
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Afogamento
A polícia da região de Bicol, uma das mais atingidas, relatou 41 mortes, a maioria por afogamento. O número de mortos na região de Batangas, ao sul da capital Manila, subiu para 60 mortos, disse o chefe da polícia da província, Jacinto Malinao. A maioria das vítimas na província de Batangas morreu devido a deslizamentos de terra provocados pela chuva e ainda há pessoas desaparecidas.
A agência nacional de gestão de desastres disse no domingo que cerca de 560 mil pessoas foram deslocadas pelas enchentes, que submergiram centenas de cidades no norte das Filipinas.
Cerca de 20 tempestades tropicais ou tufões atingem as Filipinas ou as águas adjacentes todos os anos, destruindo casas e infraestruturas e matando dezenas de pessoas. Um estudo recente indicou que as alterações climáticas fazem com que as tempestades na região Ásia-Pacífico se formem mais perto da costa, se intensifiquem mais rapidamente e permaneçam em terra durante mais tempo. / AFP
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