Karla Stelzer, carioca desaparecida em Israel, é encontrada morta após ataque do Hamas

Ela estava na festa de música eletrônica que foi atacada pelo grupo terrorista na invasão em território israelense, no sábado, 7

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Por Redação
Atualização:

O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta sexta-feira, 12, a morte da brasileira Karla Stelzer Mendes, de 41 anos. Ela é a terceira vítima brasileira do ataque terrorista provocado pelo Hamas em Israel.

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“Ao solidarizar-se com a família, amigas e amigos de Karla, o governo brasileiro reitera seu total repúdio a todos os atos de violência contra a população civil”, disse o ministério por meio de nota.

Karla era natural do Rio de Janeiro e morava em Israel. A cidade em que ela residia e há quanto tempo morava no País são informações que não ficam explícitas em sua página no Facebook, mas ela respondeu a um amigo há quatro anos que estava vivendo em Moshav, uma comunidade rural cooperativa ao sul.

Karla Stelzer, de 41 anos, nasceu no Rio de Janeiro e era judia. Ela estava na festa de música eletrônica que foi atacada pelo grupo terrorista Hamas no último sábado, 7 de outubro. Foto: Reprodução/Facebook: Karla Stelzer

Ela estava na festa de música eletrônica que foi invadida pelo Hamas no último sábado, 7, onde foi vista em vida pela última vez. Após seu desaparecimento, uma mulher também do Rio de Janeiro disse em um post no Facebook que fez aula de judaísmo com Karla, o que indica que ela era judia.

Segundo relatos de amigos da brasileira em posts nas redes sociais, Karla foi à festa com o seu namorado, o israelense Gabriel Azulay, que também estava desaparecido e foi encontrado morto na quarta-feira, 11. O local em que os corpos foram encontrados e informações sobre a possibilidade deles terem sido mantidos como refém pelo grupo terrorista não foram divulgados.

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“Karla, querida irmã, no final você foi com o Gabi. Sempre soube que a conexão entre vocês é cósmica”, escreveu Ronen Rasta, amigo do casal, nas redes sociais.

Morte da brasileira Karla Stelzer é confirmada pelo governo brasileiro Foto: Karla Stelzer via Facebook

As outras vítimas brasileiras do atentado são Ranani Nidejelski Glazer, de 24 anos, e Bruna Valeanu, de 24 anos, que também estavam na festa de música eletrônica. Suas mortes foram confirmadas na terça-feira, 10. Ranani era natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e Bruna do Rio. Os dois moravam há anos em Israel e chegaram a servir ao exército israelita.

Entenda o ocorrido

A festa de música eletrônica, também conhecida como rave, acontecia no deserto de Negev, perto do Kibutz Re-im, a cinco quilômetros da Faixa de Gaza, no sábado, 7, quando foi invadida por terroristas do Hamas. Esse tipo de evento é comum em Israel, que tem uma cultura forte de música eletrônica.

Segundo relatos de vítimas, homens armados cercaram o local, lançaram granadas e dispararam contra as pessoas que ali estavam. Um alerta de foguetes teria tocado logo ao amanhecer, seguidos dos barulhos de tiros. Algumas pessoas tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram com jipes de terroristas armados.

Ataque em festival de música deixou mais de 260 mortos Foto: Foto/Ohad Zwigenberg

Parte das vítimas se abrigou em um bunker após o ataque. Mais de 260 pessoas morreram na rave, além de milhares que foram atacados em outros locais.

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