O sexto e, por enquanto, último teste nuclear realizado pela Coreia do Norte, no dia 3 de setembro, teve uma potência de 250 quilotons, o equivalente a 250 toneladas de explosivo convencional. A estimativa da potência de 250 quilotons é muito maior que as medidas oficiais, informou nesta quarta-feira, 12, uma ONG de monitoramento norte-americana.
O regime deKim Jong-un afirmou que o teste, o mais importante até o momento, foi uma bomba de hidrogênio, que pode ser alocada dentro de um misil intercontinental. O ensaio, seguido do posicionamento de Kim, desencadeou uma condenação generalizada pelos principais líderes munidiais, que critiam as ambições nucleares do chefe da ditadura.

Para entender o potencial destrutivo é que com 15 quilotons, uma bomba poderia devastar uma área do tamanho da ilha de Manhattan, em Nova York. Com 5 quilotons, seria uma arma tática, para uso em zonas de combate, contra grandes concentrações de pessoal e equipamentos do inimigo, por exemplo.
O lançamento da bomba-teste provocou um abalo sísmico artificial, que segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos, teve 6,3 graus de magnitude. Já a Organzação do Tratato de Proibição Completa dos Ensaios Nucleares (OTPCE) e a agência norueguesa NORSAR classificaram o abalo na intensidade 6,1.
O site 38 North, vinculado à Unversidade Johns Hopkins, analisa a reigão da Coreia do Norte. Recentemente, sua equipe elevou o poder explosivo da bomba-teste para 250 quilotones, potencial 16 vezes maior que a bomba nuclear que destruiu Hiroshima em 1945.
Apesar de as informações oficiais de Pyongyang afirmarem que o teste se tratou de uma bomba de hidrogênio, mesmo tipo da bomba atômica de Hiroshima, funcionários norte-americanos ainda analisam se isso ocorreu de fato. Até o momento eles não teriam informações consistentes nesse sentido.
Satélites localizados na reigão do território norte-coreano mostraram atividades e movimentações relacionadas a possíveis novos testes nucleares pelo país. Pyongyang já realizou uma série de testes de mísseis balísticos, que teriam potencial para alcançar o território dos Estados Unidos.
O Conselho de Segurança da Onu aprovou, por unanimidade, novas sanções à Coreia do Norte. Ao regime estão restringidos o fornecimento de petróleo e gás.