Uma autoridade ucraniana de alto escalão disse neste sábado, 7, que todas as mulheres, crianças e idosos foram retirados da siderúrgica Azovstal em Mariupol, onde centenas de civis ficaram presos por semanas em meio a um intenso ataque russo.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse em um post do Telegram que “esta parte da operação humanitária Mariupol foi concluída”. Os combatentes ucranianos ainda estão escondidos no amplo complexo da fábrica – e um líder da polícia regional disse ao The Washington Post que três foram mortos na sexta-feira durante a retirada de civis.
O desenvolvimento ocorre quando a Rússia pretende capturar a usina – o último reduto de Mariupol ainda sob controle ucraniano – e pressiona os soldados de lá a se renderem. O controle de Mariupol permitiria à Rússia estabelecer uma ponte terrestre com a Península da Crimeia anexada.
As últimas estimativas indicavam que cerca de 200 civis ainda estavam presos nos túneis e bunkers sob a siderúrgica, construída nos tempos soviéticos, junto com um grupo de soldados ucranianos.
O presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, disse na sexta-feira que opções diplomáticas tinham sido iniciadas para resgatar soldados ucranianos que ainda estão em Azovstal, enquanto as retiradas de civis continuavam.
Enquanto isso, os combates continuaram na região leste da Ucrânia, com Kiev acusando as forças russas no sábado de explodir três pontes a nordeste de Kharkiv, a segunda maior cidade do país, para evitar contra-ataques. No sul, forças russas lançaram mísseis de cruzeiro no porto de Odessa, no Mar Negro, atingindo um alvo civil, segundo militares ucranianos.
Jill Biden visita refugiados
A primeira-dama dos EUA, Jill Biden, que está na Romênia como parte de uma viagem de quatro dias à Europa Oriental, se encontrou com estudantes refugiados ucranianos e suas mães neste sábado em uma escola em Bucareste.
A primeira-dama, visivelmente emocionada ao ouvir histórias angustiantes de como eles fugiram da guerra na Ucrânia, enfatizou sua preocupação com uma crise de refugiados que “continua sem parar”./ W.POST e AFP
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.