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Travessia na fronteira entre EUA e México cai após mudança em regra migratória

Fim da chamada Título 42 causou temor de explosão migratória, mas número registrado cai; secretário americano diz que é cedo para diagnósticos

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Por Redação
Atualização:

O número de migrantes que atravessaram a fronteira dos Estados Unidos com o México diminuiu pela metade após o fim da regra Título 42, informou o secretário de Segurança Nacional dos EUA, Alejandro Mayorkas neste domingo, 14. A lei caiu na madrugada do dia 12, três anos após ser criada para interromper o fluxo de migrantes durante a pandemia de covid-19.

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“Nos últimos dois dias, a patrulha de fronteira dos Estados Unidos registrou uma queda de 50% na quantidade de encontros, em comparação com o que experimentamos no início da semana”, disse Mayorkas no programa “State of the Union” da CNN.

De acordo com o secretário, cerca de 6,3 mil migrantes atravessaram a fronteira americana com o México na sexta-feira, e 4,2 mil no sábado, 13. Esses números foram descritos como “notavelmente baixos” em comparação aos 10 mil cruzamentos diários na semana anterior.

Patrulha de fronteira dos EUA leva mulheres até van para esperarem por asilo, em imagem do dia 11 Foto: Gregory Bull

O secretário enfatizou, no entanto, que é cedo para fazer diagnósticos. “Estamos apenas no terceiro dia”, disse, em referência à revogação da lei.

A chamada Título 42 permitia a expulsão imediata de migrantes sem visto ou sem documentação legal, incluindo solicitantes de asilo, em nome da emergência sanitária causada pela pandemia.

Para evitar a entrada em massa de migrantes após a lei ser suspensa, o governo do presidente Joe Biden designou milhares de policiais e militares ao longo dos quase 3,2 mil km que separam os EUA do México e aprovou novas restrições ao direito de asilo.

Antes de se apresentarem na fronteira, os migrantes devem ter agendado, previamente, um horário de consulta pelo aplicativo móvel de centralização de solicitações de asilo, o CBP One, ou terem tido seu pedido de asilo rejeitado em algum dos países de trânsito.

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Caso contrário, podem ser submetidos a um procedimento de deportação acelerada para seus países de origem e a uma proibição de entrada no território americano por cinco anos. “Estamos implementando nosso plano exatamente como planejamos”, disse Mayorkas à emissora ABC.

“Já expulsamos milhares de migrantes. Se tentarem retornar, enfrentarão a proibição de cinco anos e um possível processo criminal”, enfatizou.

O congressista republicano Mark Green, presidente do Comitê de Segurança Nacional na Câmara dos Representantes, questionou os números. “Esta semana houve mais cruzamentos do que em qualquer outra semana da nossa história”, disse ele à CNN, atribuindo esse aumento ao número de pessoas que cruzaram a fronteira antes de a política Título 42 expirar. /AFP

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