Três civis morrem em um ataque de Israel na Síria, diz mídia estatal

Sob o regime de Bashar al-Assad, a Síria faz parte da aliança informal entre países e grupos armados liderada pelo Irã, que tem como objetivo a luta contra o Estado de Israel

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Por Redação
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Explosões em Damasco, na Síria, causadas por ataques da aviação israelense deixaram três civis mortos, incluindo Safaa Ahmad, uma apresentadora da emissora estatal síria, Sana. Outras nove pessoas ficaram feridas. As Forças Armadas de Israel não se pronunciaram sobre os ataques.

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“O inimigo israelense lançou uma agressão aérea com aviões de guerra e drones da direção do Golã sírio ocupado, visando vários pontos em Damasco”, disse a agência de notícias oficial Sana. Segundo a agência, as defesas aéreas sírias interceptaram “alvos hostis” sobre a região.

Embora não seja a primeira vez que Israel bombardeia locais na Síria desde o início dos confrontos na região, as recentes ações expõem o papel estratégico do país na integração entre membros do chamado “Eixo da Resistência”.

Bairro de Mazzeh, no leste de Damasco, após ataques aéreos israelenses contra a capital síria Foto: AFP

Sob o regime de Bashar al-Assad, a Síria faz parte da aliança informal entre países e grupos armados liderada pelo Irã, que tem como objetivo comum a oposição à influência ocidental na região e ao Estado de Israel. Damasco não lançou nenhum ataque contra o território israelense desde o início do conflito em Gaza, porém é vista como um risco estratégico por estrategistas militares do Estado judeu por sua posição na região e sua participação na aliança.

A Síria ocupa uma localização central no Oriente Médio, fazendo fronteira com quatro países da região, além da Turquia. Ao longo do conflito, Israel apontou o território sírio como um canal de acesso usado pelo Irã para enviar armamentos para o movimento libanês Hezbollah. Apesar de Síria e Irã não compartilharem fronteira, estão separados apenas pelo Iraque — outro país com fronteira porosa e atividade de grupos do “Eixo da Resistência”.

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Fragilizada por uma guerra civil de mais de 10 anos, iniciada em 2011 no contexto da Primavera Árabe, que retirou do governo em Damasco o controle de parte do país, a Síria se transformou em um terreno fértil para a formação de grupos armados e a proliferação de armas. Ao longo dos anos, o país foi inundado por carregamentos de armamentos e munições, provenientes de diversas partes do mundo, incluindo Rússia e Irã.

O conflito interno também serviu de laboratório para os braços armados de diferentes grupos, como o próprio Hezbollah. Há registro da participação de combatentes do grupo libanês no país vizinho, contra o Estado Islâmico (EI) — organização radical de inspiração sunita, que se opunha violentamente contra correntes xiitas. /AFP

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