Tribunal recusa pedido de habilitação de candidatura de Evo Morales ao Senado

O ex-presidente, que está na Argentina, tem vários processos criminais abertos contra ele por supostos crimes como genocídio, terrorismo, fraude eleitoral e estupro

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Por Redação

LA PAZ - O Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia recusou nesta segunda-feira, 7, o pedido do ex-presidente Evo Morales para liberar a sua candidatura a uma vaga no Senado, que já havia sido inabilitada pelo órgão eleitoral.

Defesa de Moralesentroucom açãoem resposta a uma decisão anterior do órgão eleitoral, que em fevereiro determinou sua inabilitação Foto: Presidência da Bolívia | AFP

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A resolução do TSE boliviano que indeferiu a candidatura de Evo à Câmara Alta foi validada pela Segunda Câmara Constitucional de La Paz com dois votos a favor e um contra, disse à imprensa o advogado Jorge Tamayo.

A votação havia sido empatada na semana passada quando um dos membros apoiou a concessão ao ex-presidente da tutela solicitada para se tornar o primeiro candidato senatorial para a região de Cochabamba por seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), e um segundo membro o rejeitou. Na sessão realizada hoje, houve um segundo voto contra, informou Tamayo.

"Esta resolução é de cumprimento imediato, mas está sujeita à revisão pelo Tribunal Constitucional", explicou o advogado, que participou da sessão em nome da senadora Carmen Eva Gonzales, da força da Unidade Democrática, que pediu por escrito ao TSE que inabilitasse a candidatura de EVO.

Antecedentes

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Os representantes legais do ex-presidente entraram com uma ação de amparo constitucional em resposta a uma decisão anterior do órgão eleitoral, que em fevereiro determinou a inabilitação de Morales por não cumprir com a exigência de estar no país, conforme estabelecido na Constituição, mas que seus advogados acreditam que viola seus direitos políticos.

O ex-presidente, que está na Argentina, tem vários processos criminais abertos contra ele por supostos crimes como genocídio, terrorismo, fraude eleitoral e estupro, para os quais o Ministério Público emitiu vários mandados de prisão.

O MAS alega que o ex-chefe de governo manteve seu lugar de voto e tem seu domicílio legal em uma cidade de Cochabamba, mas não pode estar no país porque não tem garantias constitucionais.

A lei boliviana estabelece que Evo precisa ter vivido por pelo menos dois anos no distrito pelo qual ele está concorrendo - no caso, Cochabamba. A residência presidencial é em La Paz, a sede do governo e do legislativo boliviano.

Presidente da Bolívia entre 2006 e 2019, Evo sempre votou em uma região de Cochabamba, onde iniciou sua carreira política como deputado, em 1997. Desde novembro de 2019, porém, está fora do país.

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As eleições gerais da Bolívia estão marcadas para 18 de outubro, após dois adiamentos devido à pandemia da covid-19./EFE

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