Sob críticas, Donald Trump aceita endurecer controle de armas
Restrição em venda voltou à pauta depois de massacre de 17 estudantes em uma escola secundária da Flórida na semana passada
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Por Cláudia Trevisan CORRESPONDENTE e WASHINGTON
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que apoia os esforços do Congresso para aprovar legislação que “aperfeiçoe” o sistema de verificação de antecedentes nas vendas de armas no país.
Apesar de ter impacto limitado, o apoio de Trump é importante porque pode acabar com a inação do Congresso e levar à aprovação da que seria a primeira lei federal em anos para regulamentar a venda de armas.
Após o massacre de 58 pessoas em Las Vegas, em outubro, parlamentares prometeram proibir a venda de “bump stocks”, acessório que transforma um fuzil semiautomático em metralhadora. Mas a proposta enfrentou resistência do poderoso lobby da Associação Nacional do Rifle (NRA) e não avançou no Congresso.
O projeto sobre checagem de antecedentes também foi apresentado no ano passado, depois de um atirador matar 26 pessoas em uma igreja no Texas. Patrick Kelley, de 26 anos, comprou um fuzil de uso militar, apesar de ter sido condenado por violência doméstica.
Senadores republicanos e democratas apresentaram projeto que estabelece critérios mais estritos para autoridades federais e estaduais repassarem informações sobre condenações criminais ao sistema nacional usado no processo de checagem de antecedentes. “Ainda que discussões estejam em andamento, o presidente é favorável aos esforços de aperfeiçoar o sistema federal de verificação de antecedentes”, disse na segunda-feira, 19, um porta-voz da Casa Branca.
Mas a medida é considerada insuficiente por muitos. No domingo, o governador de Ohio, o republicano John Kasich, defendeu a proibição da venda de fuzis militares – que vigorou no país de 1994 a 2004. “Você sentiria que seus direitos previstos na Segunda Emenda estão sendo enfraquecidos porque você não pode comprar um maldito AR-15?”, perguntou Kasich em entrevista à CNN.
Trump recebeu a maior doação já realizada pela NRA a um candidato à presidência e foi eleito com um discurso de defesa da Segunda Emenda. Em sua reação ao massacre na Flórida, ele não mencionou o controle de armas e defendeu o aumento da segurança nas escolas.
Ataque em escola na Flórida mata 17
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Ataque em escola na Flórida mata 17
O jovem Nikolas Cruz, de 19 anos, matou 17 pessoas em uma escola na Flórida na quarta-feira 14. Ele estudou no local e, segundo testemunhas, era descr... Foto: AP Photo/Joel AuerbachMais
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O xerife Scott Israel, do Condado de Broward, responsável pela região, afirmou que o suspeito usou um rifle AR-15 contra os estudantes Foto: Mark Wilson/Getty Images/AFP
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Segundo relatos, Cruz usava máscara de gás, um chapéu preto e calça e blusa marrons no momento do ataque Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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Ele seria integrante de grupos pró-armas nas redes sociais e teria participado de debates na internet sobre fabricação de bombas Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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O atirador chegou ao colégio Marjory Stoneman Douglas no horário de saída dos alunos. Antes de atacar, ele disparou o alarme de incêndio, justamente p... Foto: Saul Martinez/The New York TimesMais
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Ele foi preso sem apresentar resistência na cidade vizinha de Coral Springs, cerca de uma hora após deixar a escola Foto: John McCall/South Florida Sun-Sentinel via AP
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Nikolas Cruz foi acusado formalmente de 17 homicídios premeditados. Um promotor público do Estado apresentou as acusações no dia seguinte ao ataque Foto: Mike Stocker-South Florida Sun-Sentinel via AP
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Segundo autoridades, o agressor comprou a arma usada no massacre legalmente. Era conhecido como um jovem amante das armas que havia sido expulso do co... Foto: ReutersMais
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Nikolas Cruz tinha problemas familiares e perdeu a mãe adotiva recentemente, antes de se mudar para a casa de amigos, onde apresentava um comportament... Foto: ReutersMais
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Cruz e seu irmão biológico, Zachary, são filhos adotivos. Seus pais os adotaram depois de terem se mudado de Nova York para a Flórida, nos anos 1990 Foto: Michele Eve Sandberg/AFP
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Cruz chegou a receber tratamento psicológico por um tempo, mas desistiu das sessões há mais de um ano, segundo o prefeito do Condado de Broward, Beam ... Foto: Cristóbal Herrera/EFEMais
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A família está cooperando com as investigações e não é suspeita de colaborar com o ataque, segundo o relato do advogado que a representa Foto: Mike Stocker/South Florida Sun-Sentinel via AP
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O presidente dos EUA, Donald Trump, atribuiu o ataque a um distúrbio mental e à falta de vigilância Foto: AFP PHOTO / Michele Eve Sandberg
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Trump não mencionou em momento algum a questão do controle sobre a venda de armas de fogo Foto: Reuters
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Nascido em setembro de 1998, Cruz (centro) havia publicado nas redes sociais mensagens "muito alarmantes", indicou o xerife Scott Israel Foto: AFP PHOTO / AFP TV / Miguel GUTTIEREZ
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Um dia antes do ataque, o jovem (foto) postou um vídeo em uma rede social afirmando que "coisas ruins vão acontecer amanhã" (quarta-feira) Foto: Broward County Sheriff/Handout via REUTERS
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Um estudante entrevistado pela emissora local WSVN-7 explicou que o jovem era "um menino com problemas" que possuía armas em casa e falava em usá-las.... Foto: Instagram via APMais
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Outro estudante entrevistado pela emissora WJXT afirmou que era previsível que Cruz cometesse um ataque.A foto foi postada pelo agressorem sua conta n... Foto: Instagram via APMais
Financiador de campanhas republicanas na Flórida, o empresário Al Hoffman afirmou nesta segunda-feira, 19, que deixará de doar a parlamentares que não apoiarem o veto à venda de fuzis de uso militar.
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Com 19 anos, o atirador Nikolas Cruz não tinha idade para beber cerveja na Flórida, mas pôde adquirir de maneira legal o fuzil AR-15. Fontes da polícia disseram à CNN que ele era dono de outros dez rifles.