Condenação de Trump: advogado diz que julgamento não foi justo e defesa vai recorrer

Os advogados do ex-presidente têm 30 dias para registrar o recurso de apelação e até seis meses para registrar a apelação completa

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Por Redação
Atualização:

A defesa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump já está pronta para recorrer da decisão do júri do Tribunal de Nova York, que considerou o republicano culpado nas 34 acusações no caso em que ele é réu nesta quinta-feira, 30. Ele foi acusado de ocultar pagamentos secretos à atriz pornô Stormy Daniels, com o intuito de influir no resultado das eleições de 2016.

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O advogado de Trump, Todd Blanche, afirmou que o ex-presidente não teve um julgamento justo em entrevista a emissora americana Fox News. Ele argumenta que o juiz Juan Merchan não deveria ter presidido o caso, sugerindo que ele tinha mostrado sinais de parcialidade.

Blanche apontou que ele havia entrado com duas moções separadas pedindo ao juiz Merchan que se retirasse do julgamento. Chamando a situação de “não justa”, ele exaltou Trump como “um marido, um pai, um avô e um amigo para muitas pessoas. Quando você vê isso acontecer com ele, e eu estava bem ao lado dele hoje, é de partir o coração”.

O ex-presidente dos EUA Donald Trump chega ao Tribunal Criminal de Manhattan para o seu julgamento  Foto: Sarah Yenesel/AP

Após a decisão do juri, Trump também atacou o juiz do caso, questionando sua idoneidade. “Esse julgamento é uma desgraça, o juiz era parcial e nunca deveria ter presidido este caso”, disse, sem oferecer provas. “O julgamento foi uma desgraça e estava manipulado. Sou um prisioneiro político.”

Os advogados do ex-presidente tem 30 dias para registrar o recurso de apelação e até seis meses para registrar a apelação completa.

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Apenas o veredicto foi divulgado na quinta-feira. A pena será anunciada em 11 de julho pelo juiz do caso, Juan Merchan, e Trump ficará em liberdade até lá. A pena pode variar de 1 ano e quatro meses a 4 anos de prisão.

Trump não será preso, diz ex-promotor de NYC

O ex-promotor distrital de Manhattan, Cy Vance, deu os parabéns na quinta-feira ao seu sucessor, Alvin Bragg, por “conduzir um julgamento quase perfeito em uma situação muito difícil”. “Acho que é um caso importante que realmente ajuda a definir o que o Estado de direito deveria significar”, disse ele à Associated Press.

O gabinete do promotor investigou Trump enquanto Vance ocupava o cargo principal, mas não apresentou nenhuma acusação antes de o democrata se aposentar no final de 2021 e Bragg assumir o cargo.

Vance disse não achar provável que Trump seja condenado à prisão no caso de Manhattan, porque “os crimes não exigem isso”, Além disso, o ex-promotor afirmou que se Trump fosse preso por conta deste caso seria mais “problemático” do que vale a pena, dado que o ex-presidente deve ser o candidato republicano à Casa Branca.

“Acho que a ideia de tê-lo sob custódia é realmente difícil de imaginar, dado o seu papel no teatro político do país durante os próximos seis meses”, disse Vance.

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O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump participa de um comício em Wildwood, Nova Jersey, no dia 11 de maio  Foto: Matt Rourke/AP

Outros casos

O caso do dinheiro secreto, embora criticado por alguns especialistas jurídicos que o consideraram o mais fraco dos quatro processos contra Trump, assumiu uma maior importância não só porque foi primeiro a ir a julgamento, mas também porque pode ser o único dos casos de Trump a chegar a um júri antes da eleição.

Os outros três – casos locais e federais em Atlanta e Washington de que ele conspirou para prejudicar as eleições presidenciais de 2020, bem como uma acusação federal na Flórida relacionada ao acúmulo ilegal de registros da Casa Branca– estão envolvidos em disputas judiciais e apelações./AP

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