Trump confirma presença em julgamento que pode tirar sua licença comercial em NY por fraude

O ex-presidente americano nega as acusações de fraude e disse que vai comparecer ao tribunal para lutar por seu nome e reputação

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Por Redação
Atualização:

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que deve comparecer ao tribunal nesta segunda-feira, 2, por conta do inicio de um julgamento por fraude.

“Vou ao tribunal amanhã de manhã para lutar pelo meu nome e pela minha reputação”, escreveu o ex-presidente na sua plataforma Truth Social.

O ex-presidente, de 77 anos, e seus advogados deram a entender que ele poderia comparecer pelo menos aos dois primeiros dias do julgamento na Suprema Corte de Nova York.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump participa de um comício em Clinton Township, no Estado de Michigan, Estados Unidos  Foto: Mike Mulholland/AP

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O julgamento que começa nesta segunda-feira assumiu de repente uma importância considerável na semana passada. O juiz Arthur Engoron, que o preside, decidiu que Trump cometeu o crime de “fraude contínua” e que o gabinete da Procuradoria-Geral do estado de Nova York já tinha provado que Donald Trump e os diretores do seu grupo haviam “supervalorizado” os seus ativos entre 812 milhões e 2,2 bilhões de dólares entre 2014 e 2021 (cerca de 2,1 bilhões de reais e 12,2 bilhões de reais nas respectivas cotações da época).

Embora não possa ser condenado à prisão por esta acusação, o julgamento será um prelúdio de uma série de processos judiciais que poderão prejudicar a sua campanha pela indicação republicana.

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O juiz ordenou a revogação das licenças comerciais no estado de Nova York de Trump e de dois dos seus filhos, Eric Trump e Donald Trump Jr, vice-presidentes executivos da Trump Organization, além do confisco das empresas que são alvo do processo, que serão confiadas aos liquidatários.

A procuradora-geral do Estado de Nova York Letitia James participa de coletiva de imprensa antes do julgamento do ex-presidente americano Donald Trump  Foto: Brittainy Newman / AP

Propriedades

A procurador-geral do Estado de Nova York, Letitia James quer que Trump seja multado em até US$ 250 milhões e também pediu ao juiz que o ex-presidente dos EUA seja permanentemente impedido de ter uma licença comercial em Nova York. Se isso ocorrer, o ex-presidente não fara mais parte do mundo imobiliário que o tornou famoso.

“Durante anos, Donald Trump inflou falsamente seu patrimônio líquido para enriquecer e enganar o sistema”, disse James em um comunicado na segunda-feira, acrescentando: “Não importa quão rico ou poderoso você seja, as leis valem para todos neste país.”

Donald Trump, que acumulou sua fortuna no setor imobiliário e nos cassinos na década de 1980 e prometeu administrar os Estados Unidos como as suas empresas, perderia então o controle de vários edifícios emblemáticos do seu grupo, como a Trump Tower, na 5ª Avenida de Manhattan. As propriedades do republicano estão no centro das acusações da procuradora.

A luxuosa residência da Trump Organization em Mar-a-Lago, na Flórida, e vários campos de golfe também aparecem no dossiê.

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Antes de entrar no tribunal, Trump conversou com os repórter e afirmou que James estava tentando prejudicar a campanha do republicano porque ele estava indo bem nas pesquisas. “Não há crime”, disse ele. “O crime é contra mim.”

Trump acusou James e o juiz Engoron, ambos democratas, de realizar uma cruzada política contra ele. Ele chamou o juiz de “louco” e James, que é negra, de racista./AFP e NY Times

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