Governo Trump ordena cortes em mais sete agências federais e afasta funcionários de rádio

Decreto ordena que vários órgãos tenham funções reduzidas ao mínimo exigido por lei; funcionários da rádio ‘Voice of America’ foram colocados em licença remunerada

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Por Redação
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WASHINGTON - O governo Donald Trump a ordenou cortes em mais sete agências federais, incluindo a responsável pela rádio Voice of America e outros veículos de comunicação financiados por recursos públicos. O decreto se insere nos esforços do republicano para encolher o Estado e, mais uma vez, parece testar os limites do poder presidencial.

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Trump ordenou que o governo reduzisse as funções de várias agências ao mínimo exigido por lei. Isso incluiu a Agência dos EUA para Mídia Global (USAGM na sigla em inglês), que foi criada pelo Congresso e é considerada independente.

Além da Voice of America, a USAGM f a ordenou cortes em mais sete agências federais, incluindo a responsável pelae US$ 270 milhões e mais de 2 amil funcionários, transmite em 49 idiomas. Sua audiência semanal estimada é de mais de 361 milhões de pessoas.

Novos cortes do governo atingem agência responsável pela Voice Of America, serviço de internacional de notícias dos EUA. Foto: Andrew Harnik/Associated Press

Na manhã de sábado, Kari Lake, nomeada por Donald Trump para agência, escreveu nas redes sociais que os servidores deveriam verificar seus e-mails. A publicação coincidiu com o envio de avisos aos funcionários da Voice of America, que foram colocados em licença administrativa remunerada.

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A agência também enviou notificações encerrando subsídios para Radio Free Asia e outros programas. Herança da Guerra Fria, as redes buscam expandir o poder americano e combater o autoritarismo, assim como a USAID, que também entrou na mira de Trump.

Enquanto avança para reduzir o Estado americano, o governo anunciou cortes em vários programas e agências que foram criados pelo Congresso, preparando o cenário para um possível embate na Suprema Corte sobre os limites do poder presidencial.

No caso da USAGM, os legisladores aprovaram em 2020 uma lei que limita o poder dos executivos nomeados pelo presidente para a agência.

Essa, contudo, não é a primeira vez que Trump adota medidas controvertidas em relação à Voice of America. Isso inclui a suspensão de um jornalista respeitado que destacou críticas a Trump e o cancelamento de contratos que permitiam à VOA usar material de organizações de notícias independentes, como a Associated Press.

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A ordem de Trump que exige reduções também inclui várias outras agências governamentais menos conhecidas, como o Centro Internacional de Estudos Woodrow Wilson, um think tank apartidário, o Conselho Interagências dos EUA sobre Desabrigados e o Fundo de Instituições Financeiras de Desenvolvimento Comunitário./AP e NY Times

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