Trump defende juiz acusado de assédio sexual, indicado por ele para Suprema Corte

Professora da Califórnia acusa Brett Kavanaugh de abuso ocorrido há mais de 30 anos; ambos querem falar ao Senado

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WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, defendeu nesta segunda-feira, 17, o juiz Brett Kavanaugh, sua indicação para a Suprema Corte, após a acusação de abuso sexual que o magistrado teria praticado há mais de 30 anos.

Kavanaugh cumprimentaTrump após anúncio naCasa Branca Foto: REUTERS/Jim Bourg

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O processo de nomeação pode ser afetado pelas alegações de Christine Blasey Ford, que decidiu revelar sua identidade no fim de semana, após fazer a denúncia em uma carta anônima a senadores democratas na semana passada. 

Se referindo a Kavanaugh como um “excelente juiz” sem “manchas em seus registros”, Trump afirmou que é ridícula a perspectiva de ele retirar o nome de seu indicado para a vaga do juiz Anthony Kennedy, que se aposentou este ano. No entanto, ele afirmou que aceitaria um adiamento no processo de confirmação para esclarecer as novas informações. 

Kavanaugh e a mulher que o acusa se prontificaram hoje a depor diante de uma comissão do Senado, na semana que vem, ainda que o indicado tenha negado novamente a acusação. 

O senador republicano Chuck Grassley, presidente da Comissão de Justiça do Senado, que supervisiona a nomeação, disse que Christine, professora universitária da Califórnia, “merece ser ouvida”. Grassley e outros republicanos não chegaram a pedir uma audiência pública nem solicitaram adiamento da votação na comissão, marcada para quinta-feira. 

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No entanto, moderados em ambos os partidos, incluindo a senadora republicana Susan Collins e o senador democrata Joe Manchin, disseram que Kavanaugh e Christine devem ter a chance de depor perante a comissão, uma medida que pode atrasar o processo de confirmação.

A professora acusou Kavanaugh, um juiz conservador escolhido por Trump de tentar atacá-la e despi-la quando estava bêbado. Quando tentou gritar, Kavanaugh tapou sua boca com a mão. O ataque teria ocorrido em 1982, durante uma festa no Estado de Maryland, quando eles cursavam o Ensino Médio. / NYT, REUTERS 

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