Trump diz que aceitará resultado ‘se eleição for justa’; Kamala agradece apoiadores

A votação ocorreu sem grandes percalços nesta terça-feira. Mais de 80 milhões de eleitores votaram antecipadamente ou por correio, mas muitos esperaram pelo dia das eleições

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Por Redação
Atualização:

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse nesta terça-feira, 5, que vai aceitar o resultado da eleição “se ela for justa”. Ao lado de sua mulher, Melania, Trump falou por cerca de 15 minutos com jornalistas após votar, na Flórida. Questionado sobre reconhecer os resultados, Trump disse: “Se for uma eleição justa, eu serei o primeiro a reconhecer. Até agora acho que tem sido justo”. Ele também declarou não ter planos de pedir aos apoiadores que se abstenham de violência caso perca: “Não preciso dizer a eles que não haverá violência”, afirmou. “É claro que não haverá violência. Meus apoiadores não são pessoas violentas”.

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Trump acrescentou: “Certamente não quero nenhuma violência, mas certamente não preciso dizer – essas são ótimas pessoas.” Os apoiadores de Trump realizaram o violento ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio dos EUA depois que ele perdeu a eleição de 2020. Autoridades locais em todo o país têm planos em vigor em caso de distúrbios na terça-feira e depois.O republicano também criticou o voto por correio, mencionando a Pensilvânia. “Estou ouvindo que não terão uma resposta até daqui a dois ou três dias. Acho um absurdo completo se for esse o caso”.

Ele previu que venceria por uma grande margem, disse aos eleitores que esperavam para votar para permanecerem na fila e acrescentou: “Os democratas, se quiserem, podem sair, mas eu gostaria que os republicanos permanecessem na fila”. “Conduzi uma ótima campanha. Acho que foi talvez a melhor das três. Nos saímos muito bem na primeira (em 2016 contra Hillary Clinton). Fomos ainda melhor na segunda (em 2020), mas algo aconteceu. Eu diria que esta é a melhor campanha que realizamos”, afirmou Trump, acrescentando estar “confiante” na vitória.

O ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial republicano, Donald Trump, fala com repórteres após votar em Palm Beach, Flórida  Foto: Evan Vucci/AP

O ex-presidente disse que vai assistir aos resultados em Mar-a-Lago com “um grupo muito especial de pessoas” e que milhares de apoiadores estarão reunidos em um centro de convenções próximo. “Parece que temos uma liderança muito substancial”, disse. entre as “pessoas especiais” estará o bilionário Elon Musk, que se tornou um cabo eleitoral do republicano, injetando dinheiro do próprio bolso na campanha.

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Musk, de acordo com três pessoas com conhecimento de sua agenda, planeja estar em Mar-a-Lago para algumas das festividades da noite em Palm Beach, Flórida. Ele estará entre um pequeno grupo assistindo aos retornos dos resultados das eleições com Trump conforme eles chegarem, de acordo com duas pessoas com conhecimento do plano.

A vice-presidente dos Estados Unidos e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, conversa com apoiadores em Washington, Estados Unidos  Foto: Jacquelyn Martin/AP

Kamala Harris

A vice-presidente dos Estados Unidos visitou a sede do Comitê Nacional Democrata em Washington, para agradecer aos voluntários em um banco telefônico. Kamala Harris aproveitou a ocasião para agradecer aos apoiadores que trabalham para aumentar a participação eleitoral e também para fazer ligações.

Ela então recebeu um telefone celular e se juntou ao banco telefônico. “Estou bem”, Kamala disse à pessoa. “Você já votou?”.

Com uma mensagem otimista, Kamala encerrou a campanha pela Pensilvânia, que detém 19 votos eleitorais que podem decidir a disputa. Fazendo paradas em Scranton, Allentown e Pittsburgh antes de um comício noturno na Filadélfia, a vice-presidente falou sobre o fortalecimento da economia e a restauração dos direitos federais ao aborto.

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Ela afirmou que os americanos estavam “exaustos” e prontos para deixar para trás a política da última década. “Os Estados Unidos estão prontos para um novo começo”, disse ela aos apoiadores em um campus universitário em Allentown, “onde vemos nossos compatriotas americanos não como inimigos, mas como vizinhos”, complementou.

Votação

Os cidadãos americanos compareceram aos centros de votação nesta terça-feira, 5, para uma eleição presidencial histórica entre o ex-presidente dos Estados Unidos e candidato presidencial republicano, Donald Trump, e a vice-presidente americana e candidata democrata, Kamala Harris. Em caso de vitória de Kamala, os EUA terão a primeira mulher presidente em sua história. Se o republicano vencer o pleito, ele será o primeiro presidente em mais de 120 anos a regressar ao cargo depois de perder a eleição quatro anos atrás.

As autoridades eleitorais na Geórgia, um dos chamados Estados-pêndulo, projetaram que a participação eleitoral no Estado em 2024 já ultrapassou os números das eleições presidenciais de 2020. Em Michigan, outro Estado decisivo, a participação também está alta.

Apesar da tensão, os receios de violência generalizada ou de intimidação dos eleitores, até agora, não se confirmaram. O FBI afirmou em um comunicado que estava ciente de ameaças de bomba contra locais de votação em vários Estados, mas muitas das ameaças foram originadas por e-mails provenientes da Rússia.

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Segundo as autoridades, nenhuma ameaça parecia ser real. Um homem carregando uma tocha e um sinalizador – e cheirando a combustível – tentou entrar no complexo do Capitólio dos EUA e foi preso, fazendo com que as visitas fossem encerradas pelo dia.

Cartazes apontam local de votação em Tempe, Arizona  Foto: Mario Tama/AFP

No geral, a votação ocorreu sem grandes percalços nesta terça-feira. Mais de 80 milhões de eleitores votaram antecipadamente ou por correio, mas muitos esperaram pelo dia das eleições. A contagem irá se prolongar para além de terça-feira, e a determinação do resultado da corrida presidencial pode se alongar por dias. Para ser eleito, um presidente precisa de 270 delegados no colégio eleitoral.

O canal americano Fox News informou que um juiz do Condado de Cobb, na Geórgia, determinou que dois locais de votação em Marietta e Kell permaneçam abertos até as 19h20, horário local (21h20 de Brasília), devido ao atraso na abertura dessas seções eleitorais. O horário regular de fechamento das urnas no Estado é às 19h, horário local (21h de Brasília).

Na Pensilvânia, um juiz também estendeu o horário de votação no distrito de Laflin até as 21h30 (23h30 de Brasília), após a abertura das urnas ter sido atrasada, o que impediu alguns eleitores de votarem mais cedo. No Estado, as urnas costumam fechar às 20h, horário local (22h de Brasília)./com NYT

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