WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parabenizou nesta quarta-feira, 10, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, diante da grande probabilidade de ele formar uma coalizão de governo em Israel. Segundo Trump, a vitória de Netanyahu aumenta a possibilidade de um acordo de paz no Oriente Médio.
"Agora que Bibi (como Netanyahu é conhecido) ganhou, penso que teremos boas coisas em relação à paz", disse. "A probabilidade (de um acordo) aumentou." Pouco depois, o ex-general Benny Gantz, principal adversário de Netanyahu, reconheceu a derrota de sua coalizão na eleição israelense.
Durante a campanha, Netanyahu falou em anexar partes da Cisjordânia, que os palestinos querem que faça parte de um futuro Estado.
Nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (início da madrugada no Brasil), com 99% das urnas apuradas, o Likud, partido do premiê, e o Azul e Branco, de Gantz, estavam empatados, com 35 cadeiras cada um. Bibi, no entanto, aparece em vantagem quando somada a coalizão de pequenos partidos, que lhe dariam entre 65 e 67 deputados dos 120 do Parlamento.
“Ele tem sido um grande aliado e é um amigo. Eu gostaria de parabenizá-lo por uma eleição bem pensada”, disse Trump.
Durante a campanha eleitoral, Netanyahu destacou sua estreita relação com Trump, que encantou israelenses e irritou palestinos ao reconhecer Jerusalém como a capital de Israel em 2017 e ao transferir a embaixada dos EUA para a cidade sagrada em maio de 2018. A última rodada de conversações de paz mediadas pelos EUA entre Israel e os palestinos entrou em colapso em 2014.
Uma equipe liderada pelo assessor e genro de Trump, Jared Kushner, trabalha em um plano de paz israelo-palestino, mas não divulgou detalhes.
O principal negociador palestino, Saeb Erekat, disse em referência à eleição: “Israelenses votaram para preservar o status quo. Eles disseram ‘não’ à paz e ‘sim’ à ocupação”.
Os palestinos exigem um retorno total às fronteiras de antes da guerra de 1967, quando Israel tomou a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza./ AFP e REUTERS
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