Merkel e Macron esperavam influenciar o líder americano em sua estreia em cúpula
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Por Redação
TAORMINA, ITÁLIA - Os líderes do G-7, que reúne as nações mais ricas do mundo, não conseguiram persuadir o presidente dos EUA, Donald Trump, a apoiar o Acordo Climático de Paris mesmo após horas de conversas descritas pela chanceler alemã, Angela Merkel, como “controvertidas”.
“Existe uma questão em aberto, que é a posição dos EUA sobre os acordos climáticos de Paris”, disse o anfitrião do encontro na cidade de Taormina, o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, a repórteres, referindo-se ao pacto de 2015 para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. “Todos os outros confirmaram sua concordância total com o acordo.”
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Autoridades americanas assinalaram de antemão que Trump – que classificou a mudança climática como um “embuste” durante sua campanha – não tomaria uma decisão sobre o acordo climático durante a cúpula do G-7, para discutir sobre os temas mais urgentes na política internacional. O grupo reúne os líderes de EUA, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá.
Mas outros líderes, como Merkel, e o novo presidente da França, Emmanuel Macron, esperavam influenciar o colega americano em sua primeira grande cúpula internacional desde que assumiu a Casa Branca, quatro meses atrás. A chanceler disse que o debate sobre o clima foi polêmico. “Houve uma troca de opiniões muito intensa” com Trump, afirmou.
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Com relação às sanções impostas à Rússia pelo conflito na Ucrânia, o assessor econômico da Casa Branca, Gary Cohn, disse aos líderes do G-7 que Trump é a favor da manutenção da punição. “Não estamos reduzindo nossas sanções contra a Rússia. Provavelmente buscaremos ser mais duros”, explicou Cohn. O assessor quis esclarecer suas declarações anteriores, segundo as quais o presidente ainda não tinha uma posição definida sobre o que fazer com a questão das sanções.
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu ontem aos líderes do G-7 que mantenham firmemente a política de sanções à Rússia. A União Europeia e os EUA impuseram as restrições aos russos depois que Moscou anexou a Crimeia da Ucrânia, em 2014, e apoiou rebeldes separatistas no leste do país.
Embora os líderes da UE tenham apoiado sanções até que um instável acordo de cessar-fogo assinado em fevereiro de 2015 em Minsk seja totalmente implementado, as ligações de Trump com Moscou têm testado a determinação do bloco em se manter unido. “A solução do conflito só pode ser alcançada com a aplicação completa dos acordos de Minsk”, disse Tusk antes do início da cúpula.
O chanceler italiano, Angelino Alfano, afirmou ontem que não havia consenso no G-7 para aprovar novas sanções contra a Rússia em razão de seu apoio ao regime sírio de Bashar Assad. No entanto, os líderes do grupo concordaram em pressionar a Rússia a retirar seu respaldo ao presidente sírio.
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Reunidos quatro dias após um homem-bomba matar 22 pessoas em Manchester, os líderes emitiram um comunicado conjunto sobre o combate ao terrorismo, exortando provedores de serviços de internet e redes sociais a “aumentar substancialmente” seus esforços para conter a publicação de conteúdo extremista.
Segundo o premiê italiano, o grupo também está mais próximo de encontrar uma “linguagem em comum” sobre o comércio, um tema polêmico entre Trump – eleito com a plataforma “América em Primeiro Lugar” – e os seis outros líderes. / REUTERS, AP e EFE
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