Trump no G-7: entre a união e a discórdia

Reunião é prova de fogo para medir a seriedade da nova administração dos EUA e entender se Trump implementará medidas anunciadas na campanha eleitoral

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TAORMINA - Os líderes das sete maiores potências econômicas do G-7 se reúnem entre esta sexta, 26, e sábado na cidade italiana de Taormina, na Sicília, decididos a lutar unidos contra os grupos jihadistas, apesar das suas divisões em temas como o protecionismo econômico e as mudanças climáticas. 

A cidade está sob fortes medidas de segurança depois do atentado da última segunda-feira em Manchester que deixou 22 mortos. Há atiradores de elite nos telhados, drones e câmeras de vigilância para proteger os líderes de Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá, Itália, Reino Unido e Japão.

Segurança foi reforçada na pequena cidade medieval de Taormina, no sul da Itália, para receber a reunião do G7 Foto: Dinebuci Stinellis/AP

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A reunião de dois dias na cidade medieval começa impactada pela morte de diversas crianças em um atentado terrorista. Theresa May, líder do Reino Unido, lançará um chamado aos países do G-7 para lutar contra a radicalização na internet.

May, Donald Trump, o francês Emmanuel Macron e o italiano Paolo Gentiloni terão pela primeira vez a experiência de participar da seleta reunião das democracias mais industrializadas do mundo. 

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Os altos funcionários dos governos estão dispostos a negociar sem descanso para tentar resolver o que até agora parecem ser diferenças irreconciliáveis, já que Trump quer romper o pacto mundial histórico alcançado em Paris para reduzir emissões de carbono.

Gentiloni reconheceu na véspera que a situação não é fácil. "A presidência italiana tentará a aprovação de uma declaração comum contra o terrorismo e tentará fomentar uma aproximação das diferentes posições". 

Reunião ocorre entre sexta e sábado, com quatro líderes tendo sua estreia no grupo: Donald Trump, dos EUA, Emmanuel Macron, da França, Theresa May, do Reino Unido, e Paolo Gentiloni, da Itália Foto: Domenico Stinellis/AP

Chegada. Trump aterrisou na quinta-feira em uma base aérea dos EUA próxima à sede da reunião. O encontro do G-7 é a última etapa de seu primeiro giro internacional de nove dias que incluiu Arábia Saudita, Israel, Vaticano e Bélgica. 

Os seis chefes de Estado e de governo desejam receber Trump com a "mente aberta" e evitam dar a impressão de que se aliaram contra ele, segundo explicaram fontes diplomáticas italianas. 

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Em relação ao comércio, os assessores das delegações negociam incessantemente vários pontos de uma declaração comum que será divulgada sábado. Trump, ao contrário dos aliados, defende o protecionismo e adiantou que vai denunciar práticas desleais no comércio internacional. 

O presidente da Itália quer trazer ao primeiro plano a situação da África, não só pela proximidade geográfica, mas para buscar uma saída para a crise migratória. Por isso, convidou os líderes de cinco países africanos: Tunísia, Níger, Nigéria, Quênia e Etiópia, de onde chegam boa parte dos imigrantes e refugiados que tentam fugir das guerras e da fome. / AFP