Trump nomeia general como novo chefe de gabinete

John Kelly, que atuava até então como secretário de Segurança Interna, substituirá Reince Priebus, na oitava importante baixa do governo em pouco mais de seis meses

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Por Redação

WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou nesta sexta-feira, 28, o secretário de Segurança Interna, o general John Kelly, novo chefe de gabinete, em substituição a Reince Priebus, que o acompanhou desde seu primeiro dia na Casa Branca.

“Tenho o prazer de informar que nomeei o general e secretário John Kelly como chefe de gabinete da Casa Branca. É um grande americano”, comunicou Trump pelo Twitter. Priebus é a oitava importante baixa em pouco mais de seis meses de governo Trump. 

O general John Kelly fala em sessão no Senado Foto: AFP PHOTO / SAUL LOEB

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O chefe de gabinete havia sido duramente criticado pelo recém-designado diretor de comunicações da Casa Branca, Anthony Scaramucci na quinta-feira. 

A tensão entre eles se intensificou após Scaramucci mencionar Priebus em um tuíte pedindo que o FBI investigasse um vazamento, embora logo tenha se retratado.

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Depois de divulgarem detalhes de suas finanças, Scaramucci pareceu ter acusado Priebus no Twitter na noite de quarta-feira. “À luz do vazamento da minha informação financeira, que é um crime, vou contactar o @FBI e o Departamento de Justiça”, escreveu Scaramucci, acrescentando na mensagem a conta no Twitter de Priebus, @Reince45, e a hashtag #pântano.

Antes, a publicação Politico divulgou detalhes das finanças de Scaramucci, uma informação que todos os funcionários de alto escalão da Casa Branca devem entregar ao gabinete de Ética do governo e é acessível a qualquer um que as solicite.

Scaramucci foi nomeado diretor de Comunicações da Casa Branca na semana passada, e rapidamente se tornou o rosto público do governo e um poderoso defensor do presidente Trump. Ele depois apagou o tuíte e negou estar pedindo uma acusação formal contra seu colega.

Scaramucci escreveu outro tuíte como um “aviso público aos informantes” de que todos os funcionários de alto escalão do governo “estão colaborando para acabar com os vazamentos ilegais. @Reince45”.

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Em declarações à CNN, Scaramucci afirmou que estava se concentrando em acabar com “vazamentos que são como intrigas de palácio, nefastas, desnecessárias, como apunhaladas nas costas”.

Ele não explicou o motivo pelo qual mencionou Priebus em seu tuíte, mas disse que “se Reince quiser explicar que não vaza informações, que o faça”.

A Casa Branca durante a administração Trump esteve dominada por lutas internas, com facções ideológicas vazando informações sobre seus rivais para dominar os círculos de poder.

No dia 21, seu então porta-voz, Sean Spicer, anunciou que estava deixando o cargo. A mídia americana noticiou que ele estava saindo do governo por discordar com o fato de Scaramucci ser o novo diretor de Comunicação. Spicer e Priebus se opunham à escolha. 

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Spicer foi o sétimo nome importante a renunciar ou ser demitido por Trump. Dez dias depois de tomar posse, Trump demitiu a subsecretária de Justiça Sally Yates, que se recusou a defender o veto migratório do presidente.

Na sequência, vieram as saídas de Michael Flynn (assessor de Segurança Nacional), Preet Bharara (procurador federal em Nova York), Mark Corallo (coordenador de comunicação da equipe jurídica) e a do próprio diretor de Comunicação Michael Dubke. / AFP e EFE 

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