WASHINGTON - O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira, 4, voto para Roy Moore, candidato republicano ao Senado pelo Alabama que foi acusado de abusar sexualmente de várias adolescentes há quatro décadas.
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"A recusa dos democratas a dar um voto à nossa redução de impostos (a reforma tributária aprovada no sábado) nos faz ver o quão necessário é a vitória do republicano Roy Moore no Alabama", escreveu Trump em suas habituais mensagens matutinas.
"Necessitamos deste voto para conter o crime, a imigração ilegal, criar o muro fronteiriço, melhorar o Exército, lutar contra o aborto, apoiar veteranos e mais. Não a (Doug) Jones (rival democrata de Moore), uma marionete de (Nancy) Pelosi/(Chuck) Schumer (os líderes democratas no Congresso)", acrescentou em outro tweet.
Até agora Trump tinha evitado dar apoio explícito a Moore nas eleições especiais programadas para 12 de dezembro no Alabama, se limitando a um apoio tático criticando duramente Jones e dizendo que o candidato republicano negou repetidamente as acusações de assédio.
Em 27 de novembro, a Casa Branca informou que Trump não iria fazer campanha junto a Moore, apesar de não ter pedido sua renúncia como fizeram outros líderes republicanos do Senado.
O líder "não tem planejado nenhuma viagem ao Alabama" para fazer campanha a favor de Moore e "sua agenda não lhe permite" encaixar essa atividade antes das eleições legislativas, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee Sanders.
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O líder lembrou em outras mensagens que, durante as eleições primárias republicanas no Alabama em setembro, ele não respaldou Moore, mas Luther Strange, o candidato preferido pelo partido, mas "isso não foi suficiente", e agora "não podemos permitir" que os democratas "ganhem estas eleições".
Moore, um ex-juiz de 70 anos, está alinhado com a chamada "direita alternativa" que procura revolucionar o Partido Republicano, e negou categoricamente as acusações contra ele feitas por oito mulheres, entre elas várias que tinham entre 14 e 18 anos quando ocorreram os fatos, na década de 1970.
Trump, que durante a campanha eleitoral de 2016 também foi acusado por várias mulheres de ter se excedido com elas, pareceu defender Moore há duas semanas, ao assegurar que o candidato havia "negado repetidamente" as acusações contra si.
Vários senadores republicanos advertiram que poderiam votar para a expulsão de Moore do Senado caso ganhe as eleições. Além disso, uma possível derrota de Moore reduziria ainda mais a curta maioria republicana no Senado, onde conta atualmente com 52 dos 100 assentos. / EFE e AFP
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