Trump pretende provar que está são

Discurso sobre Israel levantou questões sobre saúde física e mental do presidente americano

PUBLICIDADE

WASHINGTON - O discurso de Donald Trump ao reconhecer Jerusalém como capital de Israel causou espanto não apenas pelo conteúdo explosivo, mas também pela forma como Trump falou. Emendando uma palavra na outra, comendo sílabas e tropeçando nas letras, a fala de Trump foi um prato cheio para os comediantes. 

Ao anunciar mudança de status de Jerusalém, Trump apresentou problemas de dicção Foto: EPA/Zach Gibson / POOL

PUBLICIDADE

“Tão perturbador quanto assistir a Trump jogar gasolina no conflito no Oriente Médio foi observar o conflito entre os dentes de Trump e sua língua”, disse Trevor Noah, no Daily Show. James Corden, do Late Show, também tripudiou: “Eu sabia que ele tinha um parafuso solto, mas não sabia que ele tinha os dentes soltos”.

+ Trump declara que Jerusalém é capital de Israel; palestinos veem ato de guerra

O discurso serviu para alimentar rumores sobre a saúde de Trump. Em uma entrevista coletiva na Casa Branca, na quinta-feira, repórteres perguntaram à porta-voz, Sarah Huckabee Sanders, sobre a saúde do presidente. “Ele teve um problema de garganta seca”, disse Sarah. “Eu passei 12 dias com ele na viagem à Ásia e posso garantir: ele está em melhor forma do que eu.” Sarah também confirmou que Trump passará por uma bateria de exames médicos no começo de 2018. Ela garantiu que os resultados serão divulgados.

Publicidade

Além da saúde, surgiram dúvidas sobre o estado mental de Trump, principalmente entre seus críticos. Em abril, renomados psiquiatras de universidades como Yale, Harvard e Columbia reuniram-se para analisar os discursos de Trump e chegaram à conclusão de que ele “tem um estado de instabilidade corriqueiro, um padrão de descompensação perigoso”. 

Os psiquiatras pediram a congressistas que pressionem Trump a fazer uma avaliação. A intenção seria usar a 25.ª Emenda da Constituição americana, segundo a qual um presidente pode ser retirado do cargo caso seja “incapaz de desempenhar os deveres de seu ofício”. / W. POST e NYT

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.