Trump restringirá imigração de países árabes e africanos, dizem fontes

Segundo funcionários do governo, presidente assinará ordens executivas vetando imigrantes de Síria e seis outras nações

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Por Redação

WASHINGTON - O presidente americano, Donald Trump, deve assinar nesta quarta-feira várias ordens executivas, ampliando a segurança na fronteira e restringindo a imigração da Síria e de outros seis países do Oriente Médio ou da África, revelaram nesta terça-feira vários funcionários do governo. 

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Além da Síria, a ordem de Trump deve restringir temporariamente o acesso aos EUA à maioria dos refugiados. Outra das medidas prevê o bloqueio de vistos emitidos para Iraque, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen, disseram os funcionários sob condição de anonimato. 

O presidente deve assinar as ordens no Departamento de Segurança Interna, responsável por imigração e segurança na fronteira.

Milhares foram às ruas de Manhattan para se contrapor a política de Trump para a imigração. Foto: Spencer Platt/Getty Images/AFP

Durante a campanha, Trump prometeu proibir temporariamente os muçulmanos de entrar nos EUA para proteger os americanos de ataques jihadistas. Muitos partidários de Trump condenaram a decisão do ex-presidente Barack Obama de aumentar o número de refugiados sírios que os EUA aceitariam com medo de que entre os que fogem da guerra civil estivessem jihadistas que poderiam cometer atentados em território americano.

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Tanto Trump quanto seu nomeado para secretário de Justiça, o senador Jeff Sessions, disseram que seu foco seria restringir a entrada a países cujos imigrantes poderiam representar uma ameaça em vez de proibir a entrada de pessoas que seguem certa religião. 

Segundo o especialista em imigração da Escola de Direito da Universidade da Califórnia Hiroshi Motomura, vários grupos podem entrar na justiça contra a medida se todos os países alvo da proibição forem nações de maioria muçulmana. O argumento legal poderia ser o de que a ordem executiva é discriminatória com relação a uma religião em particular, o que seria inconstitucional”, disse Motomura. “Seus comentários durante a campanha e de vários de sua equipe indicam claramente que a religião é o alvo”, acrescentou.

Para bloquear a entrada de cidadãos de países específicos Trump terá de ordenar ao Departamento de Estado a parar de emitir vistos para pessoas dessas nações, disseram pessoas familiarizadas com o processo de visto. Ele também terá de instruir o Departamento de Alfândega e Fronteiras a impedir a entrada nos EUA de qualquer pessoa que possua visto de um desses países vetados.

Um dos funcionários disse também que entre as medidas para reforçar a segurança da fronteira que Trump deve assinar poderia estar a relacionada ao muro na divisa com o México, que ele ameaçou erguer durante a campanha. Trump recebe na próxima semana o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, que em várias ocasiões disse que seu país não pagará a construção do muro. / REUTERS e AP

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