A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou na segunda-feira, 16, um vídeo que reconstitui os últimos momentos do Titan, submarino que implodiu durante viagem a caminho dos destroços do Titanic. O vídeo foi apresentado no primeiro dia de uma audiência de duas semanas sobre as causas da implosão. A tripulação do Titan estava se comunicando via mensagens de texto com a equipe a bordo do navio de apoio Polar Prince, conforme a apresentação.
A comunicação foi interrompida após uma troca de mensagens sobre a profundidade e o peso do submarino durante a descida. O Polar Prince enviou repetidas mensagens perguntando se o Titan ainda conseguia ver o navio em seu monitor de bordo. Uma das respostas finais do Titan, que se tornou irregular conforme ele descia, foi “tudo bem aqui”. O Titan implodiu em 18 de junho de 2023, gerando um debate mundial sobre o futuro da exploração submarina privada.
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O que aconteceu?
O submarino Titan fez seu último mergulho em 18 de junho de 2023, uma manhã de domingo, e perdeu contato com seu navio de apoio cerca de duas horas depois. Quando foi relatado como atrasado naquela tarde, os resgatadores enviaram navios, aviões e outros equipamentos para a área, cerca de 700 quilômetros ao sul de St. John’s, no Canadá.
Além do cofundador da OceanGate, Stockton Rush, a implosão matou dois membros de uma família paquistanesa, Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood; o aventureiro britânico Hamish Harding; e o especialista em Titanic Paul-Henri Nargeolet.
Harding e Nargeolet eram membros do The Explorers Club, uma sociedade profissional dedicada à pesquisa, exploração e conservação de recursos. “Isso nos afetou profundamente em um nível pessoal”, disse o presidente do grupo, Richard Garriott, em uma entrevista na semana passada. Garriott disse que haverá uma celebração de lembrança para as vítimas do Titan esta semana em Portugal, na Cúpula Global de Exploração anual.
Em outubro do ano passado, a Guarda Costeira dos Estados Unidos recuperou os destroços restantes do submersível, incluindo supostos restos humanos. A recuperação ocorreu no fundo do oceano, a cerca de 488 metros de distância do Titanic e a uma profundidade de 3,8 mil metros./AP
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