Ucrânia acusa Rússia de prender e torturar ao menos 600 pessoas em Kherson

Autoridade local afirma que se trata principalmente de jornalistas e ativistas que organizaram manifestações pró-Kiev na região

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Por Redação
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A Ucrânia acusou, nesta terça-feira, 7, o Exército russo de prender cerca de 600 pessoas, em sua maioria jornalistas e ativistas, na região de Kherson (sul), totalmente ocupada pelas tropas de Moscou. No leste do país, forças russas e separatistas continuam bombardeios e ataques incessantes.

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“Segundo as informações que temos, quase 600 pessoas estão retidas em porões especialmente habilitados, em câmaras de tortura, na região de Kherson”, disse Tamila Tacheva, representante do presidente ucraniano para a Crimeia, a península ucraniana limítrofe com Kherson que foi anexada por Moscou em 2014.

A representante afirmou que se trata principalmente de jornalistas e ativistas que organizaram manifestações a favor da Ucrânia em Kherson e sua região. “Estão detidos em condições desumanas e estão sendo torturados”, acusou Tacheva, sem fornecer detalhes.

Moradores de Kherson com bandeiras da Ucrânia protestam contra ocupação de soldados russos em 5 de março  Foto: Olexandr Chornyi/AP

Alguns dos ucranianos detidos na região de Kherson - civis, mas também prisioneiros de guerra - foram enviados posteriormente a prisões na Crimeia, disse a mesma fonte. Segundo o jornal britânico The Guardian, ainda não há uma confirmação independente sobre as alegações.

Kherson tinha mais de 1 milhão de habitantes antes da invasão russa em 24 de fevereiro. Já no início da guerra, as tropas russas assumiram o controle de toda a região de Kherson e grande parte da região de Zaporizhzhia, ambas no sul.

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Autoridades russas e seus nomeados locais falaram sobre planos para essas regiões declararem sua independência ou serem incorporadas à Rússia.

Mas no que pode ser o mais recente caso de sabotagem anti-Rússia na Ucrânia, a mídia estatal russa disse nesta terça-feira que uma explosão em um café na cidade de Kherson feriu quatro pessoas.

A agência estatal Tass chamou a explosão na cidade ocupada de “ato terrorista”./AFP e AP

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