THE NEW YORK TIMES - Militares russos atacaram áreas civis, incluindo prédios residenciais, na cidade de Severodonetsk, no leste da Ucrânia, entre a noite de segunda e a madrugada desta terça-feira, 24, matando quatro pessoas, enquanto as forças tentam completar um estrangulamento da cidade, que ocupa uma posição estratégica para o controle da região de Donbas.
Serhi Haidai, chefe da administração regional de Luhansk, disse pelo Telegram que a Rússia enviou até 12.500 militares para a batalha e que Severodonetsk estava sendo “destruída por aeronaves e todas as armas disponíveis”.
O bombardeio mais recente se concentrou nos bairros mais antigos da cidade. Os corpos de dois homens e uma mulher foram encontrados em um dos prédios atingidos, disse Haidai. Outra mulher da cidade ficou gravemente ferida e morreu no hospital, e duas outras mulheres ficaram feridas, disse ele.
Ao lado de Lisichansk, cidade vizinha separada pelo rio Severski Donets, Severodonetsk é um dos últimos grandes redutos urbanos sob domínio ucraniano em Luhansk. A região se tornou o foco da campanha militar de Moscou desde que as forças do presidente Vladimir Putin falharam em conquistar Kiev e Kharkiv.
Um relatório da inteligência britânica disse na terça-feira que a Rússia aumentou a intensidade de suas operações ao tentar cercar Severodonetsk, Lisichansk e outra cidade a noroeste, Rubizhne. O controle da área daria a Moscou o controle de toda a província de Luhansk
A Rússia alcançou algum sucesso recente, disse o relatório, mas também observou “forte resistência ucraniana com forças ocupando posições defensivas bem entrincheiradas”.
O presidente Volodmir Zelenski, da Ucrânia, reconheceu a intensidade da batalha e citou Sievierodonetsk, bem como duas outras cidades em Luhansk – Popasna e Bakhmut – como sob pressão particular.
“A situação de combate mais difícil hoje é em Donbas”, disse ele em seu discurso noturno. “Eles organizaram um massacre lá e estão tentando destruir tudo que vive lá. Literalmente. Ninguém destruiu Donbass tanto quanto o exército russo faz agora.”
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