BRUXELAS - Os chanceleres da União Europeia (UE) formalizaram nesta segunda-feira, 22, as sanções contra sete funcionários do alto escalão do governo de Nicolás Maduro considerados responsáveis pela "repressão" na Venezuela, entre eles nº 2 do chavismo, Diosdado Cabello; o presidente do Supremo, Maikel Moreno, e o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol.
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Completam a lista o chefe do serviço de inteligência, Gustavo Enrique González; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena; o procurador-geral Tareq William Saab, e o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana, Antonio José Benavides, detalharam fontes do bloco. A lista será tornada pública após sua publicação, na terça-feira, no Diário Oficial da UE.
Na quinta-feira, os embaixadores da UE aprovaram as medidas restritivas - que incluem o congelamento de ativos e a proibição de viajar para o bloco -, indicando que seriam impostas a "sete pessoas".
Ao chegar à reunião de ministros das Relações Exteriores em Bruxelas, o chanceler espanhol, Alfonso Dastis, considerou "as sanções como um incentivo para ajudar a negociação". "É uma decisão que pode ser revertida ou suspensa qu
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Preocupada com a "deterioração" da democracia e dos direitos humanos no país sul-americano, a UE já havia adotado em novembro passado uma série de medidas, que incluíam um embargo de armas e de material que poderia ser usado na "repressão interna".
Na época, os europeus decidiram não impor sanções individuais contra "responsáveis por graves violações dos direitos humanos" e contra aqueles, cujas ações "atentem de alguma maneira contra a democracia, ou contra o Estado de direito na Venezuela". Decidiu-se esperar pelo desenrolar dos acontecimentos.
O bloco europeu se soma, assim, a Estados Unidos e Canadá na imposição de sanções. Entre os funcionários de alto escalão listados por ambos os países, figura o presidente Nicolás Maduro.
"Que erro lamentável a União Europeia está cometendo!", criticou na quinta-feira o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, denunciando que a UE age como "subsidiário dos interesses" dos Estados Unidos. / AFP e EFE
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