Numa eleição onde são esperados 60% dos americanos aptos a votar, um número superior aos 51% que compareceram às urnas em 2000, eleitores enfrentam dificuldades que vão desde o questionamento de seus títulos por fiscais partidários a urnas quebradas. Na Filadélfia, militantes do Partido Republicano denunciaram que as máquinas de votar já continham milhares de votos no momento da abertura das seções. Autoridades explicam que um dos visores dos aparelhos marca todos os votos já lançados na máquina, não apenas os da eleição atual. Nos Estados de Iowa, Michigan e Minnesota, republicanos apresentaram queixa contra a ONG MoveOn.org, que combate a reeleição de Bush, afirmando que militantes do grupo estavam perto demais das seções eleitorais. Em Ohio, uma mulher foi à Justiça em nome dos eleitores que não receberam cédulas de voto de ausente a tempo. No geral, até o início da tarde na Costa leste dos EUA - início da noite no Brasil - haviam sido registrados apenas problemas localizados, sem sinal de uma crise generalizada no sistema de votação. Mas a tensão é alta nos pontos onde a disputa é mais acirrada. Em Milwaukee, os pneus de 30 vans alugadas pelos republicanos para transportar eleitores foram rasgados; em Cleveland, um representante do partido Democrata diz ter sido expulso de uma seção eleitoral. Ambos os partidos têm milhares de advogados espalhados pelo país e prontos para interferir assim que chamados.
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